Bolsas de NY caem até 4% no mês com temor sobre economia; veja maiores altas e baixas
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Os principais índices de ações das bolsas de Novidade York subiam no pregão desta sexta-feira (27), diante do refrigério de um oferecido de inflação sem surpresas. Mas, no meio da tarde, diminuíram os ganhos em seguida uma discussão entre o presidente americano Donald Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Mas o efeito não perdurou muito e as bolsas voltaram a subir, aceleraram e encerraram o pregão com ganhos firmes.
Mas, os ganhos de hoje não foram suficientes para extinguir um mês sangrento, no qual os índices caíram até 3,97%. Ao longo do mês, marcado por uma série de anúncios de tarifas por Trump, os investidores se preocuparam com uma fraqueza maior do que a esperada da economia americana trazida por dados econômicos mais fracos relativos a pedidos de seguro-desemprego, crédito do consumidor e vendas no varejo e índice de atividade econômica, além do receio do impacto das politicas de tarifas e imigração, aponta Gustavo Campanhã, gestor de ações da WHG.
“Um grande catalisador no mês foi o resultado da rede de supermercados Walmart, que apresentou projeções fracas. Ainda não está simples o quanto da atividade econômica mais fraca vem do clima extremamente indiferente, ou de uma real desaceleração”.
Quem sofreu mais foi o índice de ações de tecnologia, sensível a más notícias, ainda mais em seguida o resultado da Nvidia, que praticamente encerra a temporada do 4º trimestre de 2024, não ter empolgado. Outras grandes empresas de tecnologia também fecharam o ano pretérito com desenvolvimento mais moderado, e tiveram de justificar investimentos em seguida a startup chinesa DeepSeek ter extinto US$ 1 bilhão em valor dessas ações no final de janeiro ao anunciar um ‘Chatgpt mais barato’.
Ao final dos negócios o índice que concentra ações industriais, o Dow Jones, avançava 1,39%, aos 43.839 pontos, enquanto o indicador das 500 maiores empresas americanas, o S&P 500, subia 1,51%, para 5.950 pontos. Por término, o índice que concentra ações de tecnologia, o Nasdaq, valorizava 1,63%, para 18.847 pontos. Na semana, as bolsas acumularam lucro de 0,95% e perdas de 0,98% e 3,47%, respectivamente. Já no mês, a desvalorização foi de 1,58%, 1,43% e 3,97%.
Maiores altas e baixas do mês
Lideraram as maiores altas do mês, considerando as 100 maiores empresas do índice S&P 500, as ações da Intel (INTC; Nasdaq), que valorizaram 22,1% em seguida rumores indicarem que o governo americano estaria disposto a facilitar a venda de seu negócio de fabricação de chips para a TSMC, operação que seria um resgate devido à situação financeira delicada da empresa, relembra o crítico de ações da WHG, Nicholas Bennett.
Já a farmacêutica Eli Lilly (LLY; Nyse) avançou 13,5% impulsionada pela notícia de que a escassez de medicamentos da Novo Nordisk nos EUA chegou ao término, segundo a FDA. Com isso, a venda de versões compostas mais baratas dos medicamentos GLP passou a ser proibida. Aliás, a empresa se beneficiou do movimento de “voo para a qualidade”, à medida que ativos de maior risco, uma vez que tecnologia, tiveram um desempenho fraco no período, segundo o crítico da WHG, Bruno Klien.
Maiores altas
| Nome | Mês (%) | 2025 (%) |
| Intel (INTC) | 22,1% | 18,4% |
| Philip Morris (PM) | 19,3% | 29,0% |
| Gilead Sciences (GILD) | 17,6% | 23,8% |
| Cvs Health (CVS) | 16,4% | 46,4% |
| T-Mobile (TMUS) | 15,8% | 22,2% |
| At&T (T) | 15,5% | 20,4% |
| Abbvie (ABBV) | 13,7% | 17,6% |
| Eli Lilly (LLY) | 13,5% | 19,3% |
| American International (AIG) | 12,6% | 13,9% |
| Coca-Cola (KO) | 12,2% | 14,4% |
Já entre as maiores quedas lideraram as ações da Tesla (TSLA; Nasdaq), que afundaram 27,6%. Depois um possante rali nas ações em seguida as eleições americanas, os papéis têm desapontado investidores em 2025. No mês, dados mostraram que a venda de veículos da empresa na Europa caíram quase 50% ano contra ano, enquanto a venda de veículos elétricos cresceram no velho continente, aponta Bennett.
“Adicionalmente, o resultado do quarto trimestre de 2024, reportado no dia 29 de janeiro, foi decepcionante, principalmente por conta da margem bruta muito aquém das expectativas”.
Já os papéis da controladora do Google, a Alphabet (GOOGL) caíram 16,2% em seguida a empresa ter reportado resultado no início do mês e surpreendido negativamente o mercado com projeção de investimentos supra das expectativas para o ano, aponta o crítico Guilherme Novello.
Maiores quedas
| Nome | Mês (%) | 2025 (%) |
| Tesla (TSLA) | -27,6% | -27,5% |
| Paypal (PYPL) | -19,8% | -16,8% |
| Alphabet (GOOGL) | -16,5% | -10,0% |
| Advanced Micro Device (AMD) | -13,9% | -17,3% |
| Salesforce (CRM) | -12,8% | -10,9% |
| Unitedhealth (UNH) | -12,4% | -6,1% |
| Thermo Fisher (TMO) | -11,5% | 1,7% |
| Amazon (AMZN) | -10,7% | -3,2% |
| Target (TGT) | -9,9% | -8,1% |
O incidente de hoje entre Trump e Zelensky aconteceu no Salão Oval da Lar Branca, em meio à assinatura de um contrato sobre minerais que poderia levar a um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia. O conflito afastou essa possibilidade, elevando o risco geopolítico e impactando as ações. Mas o incidente não foi suficiente para desanimar os investidores.
Pela manhã, foi divulgado o índice de despesas de consumo (PCE), o indicador de inflação preposto do banco medial americano (Federalista Reserve, o Fed). O indicador avançou 0,3% em janeiro, mostrando uma desaceleração anualizada de 2,6% em dezembro para 2,5%. O núcleo, que exclui preços mais voláteis, uma vez que vigor e víveres, registrou uma desaceleração mais significativa que o índice referto, passando de 2,8% em dezembro para 2,6% em janeiro, analisa Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
“A leitura traz um pouco mais de calma aos nervos dos investidores, com todas as métricas em traço com as expectativas”
Mas, William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, pondera que o cenário nos EUA é repleto de receios com a inflação, principalmente devido a um contexto de tensões comerciais crescentes que podem resultar em tarifas e aumentos de preços, o que deve fazer com que o banco medial americano (Federalista Reserve, o Fed) continue a manter os juros elevados até ter maior transparência sobre qual será seu impacto sobre os preços.
Juros mais altos prejudicam ativos de risco, uma vez que ações, enquanto beneficiam a renda fixa. Segundo a utensílio CME FedWatch, o mercado aposta agora em dois cortes de juros ao longo de 2025.
Na semana, os setores financeiro (subida de 2,5%) e imobiliário (1,95%) lideraram entre os setores do S&P 500, em seguida divulgação de dados econômicos que causaram queda nas taxas dos títulos públicos. O destaque negativo ficou com tecnologia (-4,3%), puxado pelo desempenho de Nvidia e Alphabet.
Entre as grandes empresas de tecnologia, todas apresentaram performances negativas na semana. Apple (-1,7%) foi a que menos caiu em seguida divulgação de grande compromisso de investimento em perceptibilidade sintético, aponta Maria Irene Jordão, crítico internacional da XP. Já a Tesla (-13,3%) ficou na lanterna do monitor. A Nvidia (-7,2%) também apresentou performance ruim, depois de resultados modestos divulgados na quarta-feira e projeções aquém do esperado, principalmente para margem bruta.
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