Bolsas de NY sobem com CPI aquém do esperado

O CPI subiu 0,2% no período de dois meses entre setembro e novembro, aquém do consenso de subida de 0,3% e levando o indicador para 2,7% ao ano. O núcleo teve subida de 0,2% no mesmo período, em 2,6% ao ano. Os pedidos iniciais de seguro-desemprego somaram 224 milénio na semana encerrada no dia 13 de dezembro, levemente aquém do consenso de 225 milénio novos pedidos.

Indicadores inflacionários ajudam a trazer pistas sobre os próximos passos da poder monetária em relação aos juros. Quanto mais sinais de controle aparecerem em relação à inflação, mais espaço o Federalista Reserve (Fed, o banco médio dos Estados Unidos) tem para continuar cortando os juros.

Com isso, ao termo da sessão, o índice Dow Jones avançou 0,14%, aos 47.952,28 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,79%, aos 6.774,78 pontos e o Nasdaq subiu 1,38%, aos 23.006,36 pontos, sustentado pela melhora em ações de tecnologia (+1,41%).

Segundo Marcos Terreiro, diretor de estudo da Zero Markets Brasil, o CPI dos EUA aquém do esperado trouxe poderoso volatilidade e otimismo aos mercados hoje. O recuo da inflação para níveis mais próximos da meta reforça a aposta em um galanteio de juros pelo Fed no próximo ano, impulsionando as bolsas norte-americanas.

Aliás, os mercados globais voltam a olhar com qualquer refrigério para o setor de tecnologia, principalmente nos Estados Unidos, depois a poderoso correção vista na quarta-feira. O principal fator por trás desse movimento é o resultado da Micron e, sobretudo, a projeção da empresa para o mercado de memórias de subida performance ligadas à perceptibilidade sintético, aponta Étore Sanchez, da Ativa Investimentos.