Bolsas despencam mundo afora. O que esperar do Ibovespa e onde investir agora?
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Na largada do dia, porquê era de se esperar, o Ibovespa horizonte abriu em queda de 1,69%, aos 125.400 pontos. Mas, segundo analistas, nem tudo está perdido.
Para Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest, o Ibovespa hoje deve ter um comportamento parecido com o da sexta-feira (4), quando caiu quase 3%, mas sofreu menos do que outras bolsas.
Ele afirma que os investidores devem procurar proteção em ações mais conservadoras, porquê as dos bancos e das prestadoras de serviços (também chamadas de “utilities”). Mas isso não deve ser suficiente para segurar a bolsa no azul, uma vez que as exportadoras de commodities podem tolerar com um dólar mais superior e com a queda do petróleo (que seguia em desvalorização no prelúdios desta manhã depois o aumento da produção anunciado pela Opep).
Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Way Investimentos e coordenador de economia e finanças da ESPM, afirma que o mercado está passando por um momento de pânico e, nessas horas, é muito difícil prever o comportamento das bolsas dali em diante. Ele lembra que em alguns países asiático a sexta-feira (4) foi marcada por um feriado, o que acentua ainda mais o trambolhão de hoje. Mas, segundo o professor, as quedas podem resfriar.
“Da mesma forma que não palato dessa história de ‘não cai nunca mais’ quando os mercados estão muito, também não palato da máxima de ’não sobe nunca mais’ quando vão mal. A queda já foi expressiva e sempre há uma reavaliação de eventuais exageros”, diz.
É hora de mexer na carteira?
Há quem já queira mexer na carteira quando há alguma tensão no mercado. Mas, segundo os analistas, é preciso ter calma. Para Espírito Santo, em momentos porquê esse, o ideal é que o investidor pessoa física não faça ajustes em seus portfólios. “Operar no pânico é ‘jogar moeda para cima’. O ideal agora é permanecer quieto por alguns, ou até mesmo vários dias”, afirma Espírito Santo.
Já para Saravalle, depende um pouco da alocação global que o investidor tem. Se ele estava com uma posição possante em ações, o ideal é rever e tentar buscar proteção.
“O ideal, na nossa estratégia, é estar com 20% a 25% alocado em ações brasileiras. E aí é preciso ver a posição da carteira. Se tiver muito petróleo, muitas ações voláteis, agressivas, o ideal é aumentar posição em bancos e em empresas mais previsíveis, porquê as prestadoras de serviços. Mas, se a posição é muito pequena em bolsa, de 5% a 10% em ações, o ideal é esperar acalmar um pouco a percepção de risco ao longo dos próximos dias e até principiar a fazer algumas comprinhas marginais, procurar oportunidades. Mas tudo, simples, depende do perfil do investidor”.
Segundo o perito, o ajuste em procura de proteção pode ser feito com alocações em renda fixa, principalmente em títulos pós-fixados (que acompanham o CDI, taxa que segue de perto a Selic) ou até mesmo em produtos que seguem a inflação.
Mas, se o investidor quiser uma proteção maior, o ideal seria infligir em ouro e também em outros ativos “dolarizados”, que o exponham a outros mercados e à moeda norte-americana, porquê os títulos públicos ou de crédito privado dos Estados Unidos, por exemplo. “Sempre sugerimos uma posição pequena em ouro, não muito grande, mas agora no limitado prazo pode valer aumentar um pouco”, afirma.
O que deve ocorrer a partir de uma guerra mercantil?
Uma das principais preocupações em relação a uma retaliação de outros países é uma desaceleração da economia, não só norte-americana (tese, inclusive, que não foi descartada por Donald Trump) porquê também de vários outros países. O que pode, inclusive, impactar o Brasil.
Existe, no entanto, um ponto que pode ser positivo para o mercado sítio. Caso haja uma desaceleração nos EUA, o Federalista Reserve (Fed, o banco mediano americano) pode trinchar ainda mais os juros. Com isso, os títulos públicos norte-americanos passam a ter rendimentos menores, o que pode incentivar investidores a buscar oportunidades em outros ativos e mercados, porquê na bolsa brasileira.
Caso esse cenário se concretize, os estrangeiros pode alocar no Brasil, o que traz mais dólares para cá. Portanto, o real se fortalece perante o dólar e ajuda na recuperação dos ativos locais, o que pode trazer benefícios para a economia do país.
E, porquê muito se sabe, um dólar mais barato pode ajudar, por exemplo, na inflação. Por fim, muitos dos produtos que são consumidos diariamente no Brasil são cotados ou pelo menos têm matérias-primas precificadas em dólar. É o caso do trigo, amplamente utilizado na produção de pães, massas e biscoitos. O mesmo acontece com a gasolina, que tem seu preço influenciado pela cotação internacional do petróleo (que é dada em dólar). E quando a gasolina encarece, os custos de transporte sobem e afetam os preços de outros bens. Isso tudo sem falar nos produtos eletrônicos e eletrônicos e eletrodomésticos, que dependem de componentes importados.
No entanto, os analistas ponderam que é preciso indagar se não há o risco de ocorrer uma desaceleração nos Estados Unidos, mas com inflação ainda subida por conta de um setor produtivo crescendo menos justamente por conta de todas essas tarifas. Assim, há o cenário chamado de “estagflação”, que pode ter repercussões negativas inclusive no Brasil.
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