Brasil perde ainda mais se retaliar tarifaço, diz Canuto, ex-Banco Mundial
Por isso, “terá que relatar o eventual suporte de oponentes domésticos americanos às tarifas, e a quaisquer outras questões comerciais que possam surgir em conversas bilaterais entre Lula e Trump que cheguem a suceder em um porvir próximo. Ou por outra, o Brasil terá que só engolir o sapo”, escreveu Canuto em item recente.
As tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos — com centenas de itens isentos, desde aeronaves até suco de laranja — têm efeito a partir desta quarta-feira (6). Efetivamente, a taxa será, em média, de 32,7%, de concordância com cálculos do J.P. Morgan com base no peso dos setores na tarifa de exportações do ano pretérito. Um pouco menos do que antes do pregão das exceções, que seria em torno de 37,8%.
Porquê essa tarifa é formada sobretudo por commodities, há espaço para procura de novos mercados para absorvência desses produtos, afirma Canuto. Ao contrário do impacto restringido das tarifas cá, elas devem ter efeito “particularmente negativo nos custos nas faixas de renda mais baixa dos Estados Unidos”. Ou por outra, somente um a cada dez trabalhadores de classe média americanos trabalham em setores protegidos pelas tarifas, escreveu, citando o economista Richard Baldwin.
O PIB brasiliano deve diminuir, no sumo, entre 0,2% e 0,3% a cada dez pontos percentuais acrescidos às tarifas americanas sobre o país anunciadas no assim chamado ‘Dia da Libertação’, em uma espécie “conta de panificação” que está sendo usada recentemente. Portanto, o aumento em conferência às tarifas de 10% pode ter um potencial negativo entre 0,4% e 0,6%.

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