Brasil 'se mantém no jogo' mesmo se EUA reduzirem tarifas sobre a China? Veja o que diz o Itaú

Em sua missiva mensal, o Itaú BBA pontua que se as tarifas retrocederem e se estabilizarem em níveis menores, incremento global deve suportar menos, mas também gerará menor aumento de demanda para o Brasil.

Já se tarifas finais entre os dois gigantes se mantiverem nos níveis atuais, o incremento global pode ser bastante comprometido, mas haverá mais espaço para o Brasil ocupar.

“Os EUA atribuíram aos produtos brasileiros a tarifa piso (10%), uma vantagem relativa a outros países. Em termos setoriais, nosso agronegócio pode se beneficiar de um redirecionamento da demanda chinesa por produtos porquê soja, algodão e músculos bovina, antes atendida em grande medida por produtores norte-americanos. Por termo, é verosímil que grandes empresas das duas potências passem a usar países tarifados no piso porquê intermediários, criando neles estruturas de produção parcial, as chamadas maquiladoras. Com os produtos finalizados no Brasil e sendo exportados daqui, evitaríamos tarifas proibitivas entre EUA e China”, escrevem Victor Natal e Mathias Dabdab Venosa.

Mesmo considerando os desafios internos do Brasil, porquê a situação fiscal e a inflação, o Itaú BBA vê potencial para um movimento positivo da bolsa, mas faz ponderações.

“Os resultados das empresas ao longo de 2025 devem suportar efeitos do ciclo de subida de juros iniciado no ano pretérito. Ainda vemos potencial para que o movimento positivo continue no limitado prazo, todavia, pontuamos que esse espaço deve ser mais restringido”.

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