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Cesta ‘junina’ sobe menos que a inflação em 2025, mas fica 51% mais rostro em cinco anos, mostra pesquisa

Cesta ‘junina’ sobe menos que a inflação em 2025, mas fica 51% mais rostro em cinco anos, mostra pesquisa

Cesta ‘junina’ sobe menos que a inflação em 2025, mas fica 51% mais rostro em cinco anos, mostra pesquisa

Cesta ‘junina’ sobe menos que a inflação em 2025, mas fica 51% mais rostro em cinco anos, mostra pesquisa

Mesmo com uma subida menor que a inflação em 2025, os preços acumulados dos itens típicos do período de São João devem tarar sobre o bolso de quem vai curtir a solenidade pelo país: a tradicional “cesta junina” subiu 3,81% entre abril de 2024 e abril de 2025, inferior da inflação do período, que foi de 5,53%. Porém, no recorte de cinco anos, os itens acumulam subida de 51,59%, muito supra do IPCA do período, que foi de 36,77%. Os dados são de um levantamento feito pela Rico Investimentos.

Segundo a pesquisa, alguns produtos apresentaram um “respiro” no limitado prazo, porquê arroz (-8,85%), fubá (-2,86%) e milho-verde em guarda (-4,61%), que ajudaram a sustar a inflação junina e apresentaram queda em razão das boas safras. O levantamento levou em consideração 12 itens típicos do “arraiá” e os custos com base no Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Grande (IPCA, a inflação).

Por outro lado, entre os itens mais caros que são utilizados no preparo das comidas, o óleo de soja lidera o ranking entre os vilões, com progresso de 23,16% em 12 meses e 121,57% em cinco anos. A subida demanda por produção de biodiesel e problemas de oferta explicam a disparada, diz a comentador Maria Giulia Figueiredo, responsável pelo levantamento.

No recorte de cinco anos, 8 dos 12 produtos da cesta subiram mais que a inflação. Até o milho, protagonista da sarau, ficou mais custoso: a subida foi de 62,21% no período.

Bebidas alcoólicas também tiveram subida: o vinho, generalidade nas festas do sudeste, subiu 5,13% e a cerveja, 4,51% no último ano. Já os artigos de armarinho, usados em trajes caipiras e decorações, encareceram 6,82%.

Variações da cesta junina

Itens 5 anos 12 meses
Arroz 55,13% -8,85%
Milho (em grão) 62,21% 2,24%
Fubá de milho 70,16% -2,86%
Mandioca (aipim) 92,42% 4,40%
Salsicha 53,85% 3,23%
Músculos-seca e de sol 19,90% 13,07%
Óleo de soja 121,57% 23,16%
Cerveja 5,77% 4,51%
Vinho 81,32% 5,13%
Milho-verde em guarda 48,15% -4,61%
Tecido 36,30% 1,90%
Artigos de armarinho 36,54% 6,82%
Cesta junina 51,59% 3,81%
IPCA Universal 36,77% 5,53%

O que fez o preço subir?

Segundo Figueiredo, a cesta junina reflete a complicação da economia brasileira: é influenciada por safras, clima, logística, câmbio e demanda sazonal, que pressiona os preços, principalmente quando a oferta não acompanha o ritmo das festas.

“Para 2025, a expectativa é de consolação nos preços de vitualhas, graças às safras robustas e à política monetária contracionista”, explica a comentador.

Uma vez que poupar no “arraiá”?

Mesmo com alguns preços pesando mais no bolso, dá para curtir a sarau de forma mais econômica. Thaisa Durso, educadora financeira da Rico, explica que planejar com antecedência e adotar práticas de consumo consciente são essenciais para manter a tradição viva sem estourar o orçamento.

“É importante desconstruir a teoria de que o planejamento financeiro limita o prazer das celebrações. Na veras, ele potencializa a experiência, pois elimina o estresse e a sofreguidão causados por dívidas ou apertos financeiros posteriores. Assim, a sarau que cabe no bolso é a que realmente permite uma mergulho genuína no espírito junino”, destaca Durso.

Veja as dicas para aproveitar a sarau de forma econômica:

  • Defina seu orçamento junino — Antes de comprar adereços, comidas ou escolher festas, estabeleça um limite de gastos. Iss ajuda a evitar excessos e permite escolhas mais conscientes e planejadas;
  • Ligeiro moeda narrado para a sarau — Segundo a planejadora, uma tática simples, mas altamente eficiente, é separar o valor que se pretende gastar durante as festas e levar somente esse montante em moeda vivo. “Essa estratégia é principalmente útil em ambientes com várias opções de guloseimas e brincadeiras, onde as pequenas despesas podem se apinhar de forma excessiva”, explica Durso.
  • Customização e reaproveitamento — Os trajes típicos e a decoração são fundamentais para o clima junino, mas não precisam ser sinônimos de gastos elevados, explica a educadora. Para as roupas, customiziar peças que já possui e usar retalhos ajuda na economia do look. Já para a decoração, materiais simples e recicláveis, porquê papel tingido, embalagens reutilizadas e garrafas decoradas, podem se transformar em enfeites charmosos e sustentáveis.
  • Explore eventos gratuitos ou de inferior dispêndio — Em vez de gastar com ingressos caros, a dica de Durso é explorar as festas gratuitas ou de inferior dispêndio organizadas por prefeituras, associações, entre outros. “Eventos em praças, parques e centros culturais oferecem programação rica, com shows, comidas típicas e brincadeiras — tudo atingível sem tarar no bolso”, diz.
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Sarau Junina – Inflação junina / Bar Os Imortais — Foto: Roberto Moreyra/Dependência O Mundo

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