China e EUA acendem luz amarela para risco bancário
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Com os problemas prolongados no setor imobiliário pressionando as taxas de empréstimo para grave, 80% dos bancos chineses viram suas margens de juros caírem aquém do limite considerado rentável para o setor, gerando preocupações sobre a segurança do sistema financeiro, mostra levantamento do “Nikkei Asia”.
Dos 58 bancos comerciais listados na China continental e em Hong Kong, 54 apresentaram redução nas margens de juros em confrontação ao ano fiscal anterior, segundo a estudo que avaliou os resultados financeiros divulgados para o ano encerrado em dezembro de 2024.
A diferença entre os juros recebidos e pagos é chamada de receita líquida de juros. As margens de juros indicam o nível dessa receita em relação ao saldo dos ativos que geram juros, uma vez que empréstimos. Quanto maior a margem, mais lucrativo e sólido é o banco.
Uma associação do setor bancário estabeleceu 1,8% uma vez que risco de alerta, ou limite de lucratividade. Essa associação usa margens de juros e outros critérios para calcular a saúde dos bancos, deduzindo pontos das notas gerais caso a margem fique aquém desse limite.
Dos 58 bancos analisados, 47, ou 81%, apresentaram margens inferiores a 1,8%. Em 2019, antes da pandemia de coronavírus, esse número era de seis bancos, ou 10%.
O pesquisador sênior do Japan Research Institute Shinichi Seki apontou que “os riscos dos tomadores não estão refletidos nas taxas de juros, logo os empréstimos potencialmente inadimplentes podem estar aumentando.”
Já nos Estados Unidos, o Comerica, o Zions Bancorp, o Cullen/Frost e o Bank OZK estão entre as instituições potencialmente em maior risco. As análises da KBW e da S&P Global revelam que esses nomes têm altos índices de empréstimos para imóveis comerciais (CRE) em relação ao capital; o Bank OZK tem mais de 300%. Em um mercado de imóveis comerciais que enfrenta dificuldades com taxas nacionais de vacância de escritórios de mais de 18%, de tratado com um relatório da Moody’s Analytics em abril.
Em relatório assinado por John Plassard, a Mirabaud, que atua no Brasil uma vez que multifamily office, labareda atenção que a liquidez continua tênue. Muitos desses bancos ainda dependem de clientes cujos depósitos estão mais de 50% sem seguro, de tratado com as conclusões da S&P Global em março de 2025. E que foi essa mesma fragilidade de liquidez estrutural que desencadeou a corrida ao Silicon Valley Bank (SVB) .
“Se olharmos hoje para os indicadores de estresse que sinalizaram o colapso do SVB em 2023, veremos que os riscos não desapareceram. Os bancos regionais têm demorado a variar sua base de depositantes, com os custos de financiamento aumentando drasticamente devido à concorrência por depósitos e saídas do mercado monetário”.
De tratado com o Federalista Deposit Insurance Corporation (FDIC), os bancos dos EUA ainda detinham mais de US$ 480 bilhões em perdas não realizadas em títulos de longo prazo no primeiro trimestre de 2025. Mesmo com o Federalista Reserve (Fed, o banco medial americano) mantendo vários bancos de médio porte sob supervisão reforçada, os números quase não melhoraram desde a vaga de choque de março de 2023.
“Se as taxas de mercado permanecerem altas – ou subirem novamente – as mesmas pressões “tóxicas” (a termo não é muito possante) associadas à marcação a mercado reaparecerão. Seria um erro grave crer que não haverá mais crises porque existem salvaguardas suficientes,.”, observa a Mirabaud.
O próximo gatilho para a crise bancária nos Estados Unidos pode ser uma deterioração na qualidade do crédito ou outro “leilão” fracassado” (uma vez que ocorreu na semana passada em um vencimento de 20 anos) pelo Tesouro.
Na visão da gestora suíça, para que o sistema bancário se torne realmente mais resiliente, várias mudanças precisam ser feitas. Em primeiro lugar, é necessário estender a exigência de manter ativos líquidos de subida qualidade para um número maior de bancos, e não exclusivamente para as maiores instituições. Em segundo lugar, o fortalecimento das exigências de capital permitiria que as perdas fossem absorvidas no caso de uma súbita desvalorização dos ativos, uma vez que no caso do SVB.
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