Copom sobe Selic a 14,25% e antevê aperto de menor magnitude em maio
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Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Mediano (BC) subiu a meta para a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, e sinalizou um aperto de menor magnitude na próxima reunião, que acontecerá em maio. Com isso, a Selic alcança nesta quarta-feira (19) o maior nível desde 19 de outubro de 2016.
Nascente é o terceiro aperto seguido de 1 ponto percentual na taxa básica e o quinto desde o prelúdios deste ciclo de subida dos juros. De conformidade com o transmitido do Copom, diante da “ininterrupção do cenário oposto para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião.”
- A decisão de hoje veio sem surpresa, portanto. A crença de que o Copom cumpriria a sinalizada subida de 1 ponto na Selic era quase uma unanimidade no mercado financeiro.
De conformidade com a utensílio Termômetro do Copom, do Valor Investe, com base em contratos de opções negociados na B3, 97,5% do investidores viam a escalada da taxa a 14,25% ao ano na decisão de hoje.
Para além da próxima reunião, em maio, o Copom ainda reforçou no transmitido que “a magnitude totalidade do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em próprio dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do resultado e do balanço de riscos.”
Na tentativa de controlar as expectativas para a inflação, diretores sinalizaram ainda em dezembro do ano pretérito, que fariam apertos de 1 ponto até a Selic chegar a 14,25% ao ano, na reunião de março. Não havia direcionamento de próximos passos para a política monetária antes do transmitido de hoje.
Do ponto de vista do consumo, Selic mais subida ou mais baixa implica, nesta ordem, empréstimos e financiamentos mais caros ou mais baratos. E, assim sendo, serve porquê utensílio para esfriar ou esquentar a demanda e, a reboque, a inflação no mercado.
Para o mercado financeiro lugar, a renda fixa pagando mais significa que a renda variável tende a permanecer menos atrativa. Já para o internacional, a renda fixa no Brasil pode ou não oferecer retorno patível aos riscos, e assim atrair ou expulsar dólares. O que, por sua vez, ajuda a domar a inflação por meio do conduto do câmbio.
“Para a próxima reunião, trabalho com uma possibilidade de um aumento de 0,5 ponto [na Selic]. Quando o Copom cita o ‘dinamismo nos preços’, entendo porquê referência ao início de uma correção inflacionária cá”, diz Alison Correia, comentador de investimentos e cofundador da Dom Investimentos.
A partir da próxima reunião do Copom, que acontecerá nos dias 6 e 7 de maio, o horizonte para 2026 deve tarar mais sobre as decisões de política monetária do que o próprio ano de 2025.
E aí o cenário eleitoral começa a tarar sobre os modelos com as projeções de inflação e juros do BC.
Neste sentido, o transmitido menciona que as expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus “elevaram-se de forma relevante e situam-se em 5,7% e 4,5%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o terceiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,9% no cenário de referência.”
“A principal pergunta a ser respondida nos próximos meses é porquê o BC reagirá caso a atividade econômica continue enfraquecendo. Acreditamos que a constituição atual do Copom é mais sensível à piora da atividade e buscará fechar o ciclo de subida de juros mal provável, com uma convergência mais lenta da inflação à meta para evitar que o risco de recessão se eleve demasiadamente no limitado prazo. Nosso cenário base é que o comitê elevará a taxa de juros em 0,5 ponto em maio e em 0,25 ponto em junho, encerrando o ciclo de aperto monetário com a Selic em 15% ao ano“, afirma Luis Cezario, economista-chefe da Asset 1.
- Houve um consolação entre a última reunião do Copom, de janeiro, e esta – porquê refletem as projeções do Boletim Focus mais recentes. O principal ponto de descompressão foi cambial, com recuo de quase 9% do dólar na presença de o real desde o início do ano.
Uma vez que boa segmento da ergástulo produtiva é impactada, direta ou indiretamente, pelo dólar, o encarecimento da moeda americana eleva os custos das empresas e, consequentemente, de produtos e serviços. Assim, o câmbio é um ponto de pressão inflacionária no país.
Graças a essa reversão de cenário (majoritariamente extrínseco), as perspectivas para a inflação brasileira em 2025, enfim, estacionaram. Supra do pausa de tolerância do BC, é verdade, mas a contenção do cenário de desancoragem das expectativas já provocou correções nas estimativas do mercado financeiro para a Selic.
No último Boletim Focus, a previsão dos economistas para o IPCA de 2025 estava em 5,66%. Embora um esfriamento na presença de as duas semanas anteriores, o cenário deste ano para o índice solene de inflação no Brasil estava em 5,5% na estação da última reunião do Copom, em janeiro.
Lembrando que a meta de inflação no Brasil é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para plebeu. Ou seja, de conformidade com as expectativas, o IPCA deste ano estouraria o teto em mais de 1 ponto.
Mesmo assim, especialistas estão revisando as projeções para o dólar em 2025 em função da viradela de cenário nos Estados Unidos. A volta de Donald Trump frustrou as expectativas dos investidores, com uma política tarifária mais incerta e uma equipe econômica alheia às pressões do mercado financeiro.
O cenário tem provocado a debandada do capital para a renda fixa americana e para outros mercados, inclusive o Brasil. Com isso, o real tem se fortalecido.
Por isso, mesmo antes, agentes do mercado financeiro no Brasil apostavam que a taxa básica de juros poderia beirar os 16%. A queda do dólar neste prelúdios de ano, no entanto, provocou a correção de cenário, e agora a maioria vê a Selic indo somente até os 15%.
O IPCA de fevereiro avançou 1,31% em relação a janeiro. Embora em risca com o esperado pelos economistas, o indicador mostrou uma aceleração significativa na base mensal e o maior nível para a inflação para o período desde 2003.
Confira o transmitido do Copom na íntegra
O envolvente extrínseco permanece reptante em função da ensejo e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente pela incerteza acerca de sua política mercantil e de seus efeitos. Esse contexto tem gerado ainda mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed e acerca do ritmo de desenvolvimento nos demais países. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um envolvente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário extrínseco segue exigindo cautela por segmento de países emergentes.
Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo, ainda que sinais sugiram uma incipiente moderação no desenvolvimento. A inflação enxurrada e as medidas subjacentes mantiveram-se supra da meta para a inflação e novamente apresentaram elevação nas divulgações mais recentes.
As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se de forma relevante e situam-se em 5,7% e 4,5%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o terceiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,9% no cenário de referência (Tábua 1).
Persiste uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação. Entre os riscos de subida para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do resultado mais positivo; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) impactos sobre o cenário de inflação de uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada; e (ii) um cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o negócio internacional e sobre as condições financeiras globais.
O Comitê segue acompanhando com atenção porquê os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes.
O cenário mais recente é marcado por desancoragem suplementar das expectativas de inflação, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista.
O Copom logo decidiu preconizar a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 14,25% a.a., e entende que essa decisão é patível com a estratégia de convergência da inflação para o volta da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de asseverar a firmeza de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno ocupação.
Diante da ininterrupção do cenário oposto para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião. Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude totalidade do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em próprio dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do resultado e do balanço de riscos.
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