Cortes de juros podem gabar inflação e minar segurança, diz dirigente do Fed
A estratégia de trinchar juros a término de gerir riscos contra uma provável desaceleração mais possante do mercado de trabalho tende a manter a inflação dos Estados Unidos supra da meta de 2%, o que por si só pode provocar riscos à segurança financeira do país. O alerta foi feito pela presidente do Federalista Reserve (Fed, o banco mediano dos Estados Unidos) de Cleveland, Beth Hammack, ao discursar na exórdio da Conferência de Segurança Financeira nesta quinta-feira.
“Às vezes, a redução de juros é descrita em termos de gestão de risco porquê uma forma de se proteger contra uma desaceleração mais severa no mercado de trabalho. Mas devemos estar cientes de que essa proteção pode acarretar riscos maiores à segurança financeira”, disse ela, que vê no período prolongado de inflação supra da meta do Fed um risco aos bancos e um fator de pressão sobre as finanças das famílias nos Estados Unidos.
“A inflação tem estado supra da meta de 2% do Fed há quatro anos e meio. Reduzir as taxas de juros para concordar o mercado de trabalho arrisca prolongar esse período de inflação elevada e também pode incentivar a tomada de riscos nos mercados financeiros”, acrescentou Hammack. Para ela, as condições financeiras estão “muito acomodatícias” no momento, o que se reflete nos ganhos recentes do mercado acionário americano e nas condições de crédito “relaxadas”.
Nesse sentido, desapertar a política monetária poderia incentivar empréstimos mais arriscados, aumentar o “valuation” de ações e atrasar a invenção de práticas frágeis nos mercados de crédito. “Isso significa que, quando ocorrer a próxima desaceleração, ela poderá ser mais grave do que seria normalmente, com um impacto maior na economia. Nesse momento, a política monetária teria menos espaço para indemnizar a fraca demanda.”
Hammack tem se evidenciado porquê uma das vozes mais conservadoras em um Fed que se mostra dividido sobre a perenidade do processo de flexibilização monetária. Embora não tenha votado na última reunião do Fomc, ela já afirmou ter sido contrária à decisão de reduzir a taxa dos Fed funds em 0,25 ponto percentual – ao pausa de 3,75% a 4% – em outubro.
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