CPI: índice de preços ao consumidor nos EUA sobe menos que o esperado em setembro. E daí?
O índice de preços ao consumidor (CPI, na {sigla} em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,3% na passagem de agosto para setembro, de combinação com dados divulgados pelo Departamento do Trabalho do país nesta sexta-feira (24). O índice desacelerou em relação ao mês anterior, quando registrou uma subida de 0,4%.
Desta vez, o mercado esperava um progressão de 0,4%, portanto o resultado veio levemente aquém do previsto.
O núcleo do CPI (que exclui preços mais voláteis, porquê vontade e vitualhas) subiu 0,2% no mês, também aquém do esperado, já que os economistas esperavam um progressão de 0,3%.
O índice aumentou 3,0% nos 12 meses encerrados em setembro, posteriormente subida de 2,9% nos 12 meses encerrados em agosto.
Indicadores inflacionários ajudam a trazer pistas sobre os próximos passos da domínio monetária em relação aos juros. Quanto mais sinais de controle aparecerem em relação à inflação, mais espaço o Federalista Reserve (Fed, o banco meão dos Estados Unidos) tem para continuar cortando os juros.
No meio de setembro, o Fed reduziu a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual, passando de um pausa entre 4,25% a 4,5%, ao ano, para entre 4% e 4,25%. Esse foi o primeiro golpe de 2025 e, de combinação com enviado da domínio monetária, podem sobrevir mais dois cortes até o termo deste ano. Assim, a taxa encerraria 2025 no pausa entre 3,5% e 3,75% ao ano.
Essa previsão, no entanto, ainda não é 100% garantida. Há, inclusive, divergências entre membros do Fed sobre o que deve sobrevir daqui em diante. Recentemente, Christopher Waller e Stephen Miran sinalizaram posições distintas sobre o ritmo e a intensidade dos futuros cortes de juros nos Estados Unidos.
Enquanto Miran defendeu reduções mais agressivas, de 0,50 ponto, Waller manteve o oração de ajuste gradual, com cortes de 0,25 ponto por reunião. Ambos reconheceram, mas, que a política monetária atual segue restritiva, mas divergem sobre o ritmo adequado de normalização das taxas.
E porquê isso tudo mexe com meu bolso?
É importante lembrar que quando os juros estão em patamares mais elevados nos Estados Unidos, os títulos de renda fixa de lá (incluindo os do Tesouro americano, também chamados de “treasuries”) têm rentabilidade mais subida. Com isso, os investidores tendem a transmigrar ou deixar seu verba parado lá. Por fim, esses ativos são considerados alguns dos mais seguros do mundo e, de quebra, ainda estão com uma rentabilidade subida. Assim, países e mercados mais arriscados (porquê o Brasil), passam a ser preteridos.
No entanto, quando os juros ficam menores nesses países, os investidores começam a buscar oportunidades em outros mercados e ativos.
Existe, mas, um ponto de atenção que pode colocar o Brasil de fora desse radar: a questão fiscal. Segundo exegeta, caso as contas públicas continuem desequilibradas, isso pode alongar investidores, mormente os estrangeiros, que temem um risco de calote.
Por outro lado, um ponto que pode jogar em prol do mercado brasílio são as as crescentes incertezas a saudação dos Estados Unidos. Com as medidas tarifárias de Trump e o aumento da dívida pública por lá, há quem acredite que o Brasil possa, sim, figurar entre os favoritos, mormente com juros ainda elevados e bolsa deslanchando.
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