CPI: Inflação ao consumidor nos EUA surpreende e acelera em janeiro. E daí?
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O índice de preços ao consumidor (CPI, na {sigla} em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,5% em janeiro já com ajustes sazonais, de consonância com o que divulgou nesta quarta-feira (12) o Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS, na {sigla} em inglês). O ritmo de subida do indicador, portanto, acelerou em relação ao mês anterior, quando avançou 0,4%, e veio supra das apostas dos analistas, que esperavam aumento de 0,3%. Nos últimos 12 meses, o índice aumentou 3%, aumentando a intervalo da meta do Fed de 2% ao ano.
Já o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis uma vez que provisões e virilidade, registrou uma variação mensal de 0,4%, também supra das expectativas de analistas, que esperavam subida de 0,3%, e supra da subida de 0,2% de dezembro. Nos últimos 12 meses, aumentou 3,3%. Uma vez que esses preços são mais sensíveis à política de juros, indicam que o ciclo de cortes pode eventualmente ser mais profundo sem repor fôlego ao dispêndio de vida.
A inflação de habitação voltou a açodar, retardando o processo de desinflação. Outrossim, houve manutenção da inflação em patamar proeminente de itens mais sensíveis ao ciclo econômico, uma vez que carros usados e serviços de transportes.
Mais ou menos inflação aproxima ou distancia o Banco Meão americano (Federalista Reserve, o Fed) de saber a meta de 2% ao ano. Portanto, em tese, adia ou antecipa o ciclo de quedas das taxas.
Leste é o primeiro de dois dados importantes sobre a inflação que devem ser anunciados nesta semana. O índice de preços a produtores (PPI, na {sigla} em inglês) será divulgado nesta quinta-feira (13), também às 10h30. Ambos ajudam os investidores a calibrarem qual deve ser o rumo dos juros nos Estados Unidos, pois permitem projetar o PCE, a medida de inflação preferida do Fed que será divulgada no final do mês.
Ontem, em sua sabatina no Senado americano, o presidente do Federalista Reserve (Fed), Jerome Powell apontou que a inflação diminuiu significativamente nos últimos dois anos, mas continua um pouco elevada em relação à meta do Fed de 2% ao ano. O índice PCE aumentou 2,6% nos 12 meses encerrados em dezembro, enquanto seu núcleo avaçou 2,8%.
Antes do oferecido de hoje, a aposta em uma pausa no ciclo de incisão dos juros até a reunião de junho era majoritária.
Depois a divulgação dos dados os títulos do governo americano subiram diante da expectativa de que haja menos espaço para cortes de juros em um cenário de volta da inflação. Os índices de ações reagiram negativamente, e o dólar se valoriza lá fora. Todavia, contra o real ronda a firmeza.
O que dizem os analistas?
Para André Valério, economista sênior do Inter, o resultado do mês foi ruim, com inflação de provisões acelerando e virilidade mantendo tendência de subida dos últimos 3 meses. A inflação de 6 meses anualizada saltou de 3% em dezembro para 3,7% em janeiro, enquanto a de 3 meses saltou de 3,7% para 4,9%.
“Com a economia americana crescendo a uma taxa anualizada de 3% no primeiro trimestre de 2025, a falta de boas notícias na inflação de janeiro, aliada às medidas tarifárias de Trump, que podem pressionar a inflação no pequeno prazo, colocam pressão sobre o banco meão americano, que pausou o ciclo de cortes em sua última reunião e deve manter essa pausa pelas próximas reuniões”.
Nas atuais condições, Valério estima que o Fed retomará o ciclo de cortes somente no 2º semestre, provavelmente na reunião de setembro. A retomada dos cortes antes disso dependerá de uma piora sumoso do mercado de trabalho, que, uma vez que o payroll indicou na última sexta, não parece estar no horizonte.
William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, reforça a visão. Para ele, o oferecido mais possante que o esperado traz de volta as preocupações com a inflação na economia americana. Esta tendência de subida dos preços nos últimos meses, atrelado aos receios sobre a política tarifária de Donald Trump reforça a percepção de que há menos espaço para cortes de juros.
“O cenário vai em risco com o tom mais predisposto à manutenção dos juros em níveis elevados oferecido pelo Comitê Federalista de Mercado Sincero (FOMC) em seu último encontro de janeiro, quando optou por manter os juros inalterados”
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