Crédito Privado: veja em quais setores investir em outubro, segundo bancões
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Com a Selic mantida em 15% ao ano, outubro começa com um consenso entre as casas de estudo: o investidor de renda fixa continua encontrando oportunidades relevantes no crédito privado, sobretudo em títulos atrelados ao IPCA e com rating saliente.
Os relatórios de Itaú BBA, XP Investimentos e BTG Pactual convergem na avaliação de que, mesmo depois meses de compressão nos retornos, os papéis de companhias com fluxos de caixa previsíveis e robustos seguem se destacando frente ao Tesouro Direto, por exemplo.
“O envolvente de juros altos e inflação controlada cria uma combinação rara: o investidor consegue taxas reais [descontando a inflação] supra de 6% ao ano com crédito de primeira risco”, resume a XP em seu relatório desse mês.
Além da taxa básica, o que tem sustentado o gosto por crédito privado é a perspectiva de propagação moderado da economia, a recuperação gradual da crédito e o menor risco de liquidez no mercado secundário, fatores que reduzem a premência de risco suplementar para ter bons retornos.
“A demanda segue firme pelos papéis de maior qualidade, principalmente debêntures de infraestrutura e CRAs de emissores corporativos com histórico sólido. O investidor voltou a olhar para prazos mais longos”, aponta o BTG Pactual.
A expectativa é de que, enquanto a política monetária permanecer contracionista, os retornos sigam em patamares historicamente elevados. “Quando o mercado debutar sentir o galanteio de juros mais próximo, esses retornos tendem a desabar rapidamente”, observa o Itaú BBA.
A carteira consolidada deste mês mantém predominância de emissores AAA e AA+, vencimento médio entre seis e 12 anos e retorno projetado entre IPCA + 7% e 7,5% ao ano. Robustez, infraestrutura, agronegócio e saneamento seguem uma vez que os setores mais recomendados pelos grandes bancos.
Itaú BBA: robustez, petróleo e saneamento na liderança
O Itaú BBA manteve em outubro uma postura cautelosa, concentrando sua carteira em empresas com perfil de crédito AAA e operações reguladas. Segundo o banco, a recomendação se apoia em “setores com baixa volatilidade de resultados e fundamentos defensivos, mesmo diante da desaceleração da atividade”.
“Os setores de robustez e saneamento continuam apresentando margens saudáveis e previsibilidade de fluxo de caixa, o que reforça o perfil defensivo desses papéis”, diz o Itaú em seu relatório mensal de renda fixa.
O banco destaca ainda que os três papéis (Neoenergia, Prio e Sabesp) oferecem taxas superiores aos títulos do Tesouro IPCA+, mesmo depois o desconto do Imposto de Renda, reforçando seu apelo uma vez que selecção para investidores de perfil moderado a conservador.
Recomendações do Itaú para outubro
| Empresa | Código | Tipo | Rating | Vencimento | Rentabilidade | Setor / Destaque |
| Neoenergia | NEOE16 | Debênture | AAA | 15/06/2029 | IPCA + 7,2% | Diversificação em distribuição e geração de robustez; receitas previsíveis |
| Prio | PEJA22 | Debênture | AAA | 15/02/2034 | IPCA + 7,8% | Subida rentabilidade e baixa alavancagem no setor de petróleo |
| Sabesp | SBSPF3 | Debênture | AAA | 15/01/2040 | IPCA + 6,6% | Sólida geração de caixa e perspectiva positiva com privatização |
XP Investimentos: foco em crédito estruturado e proteção inflacionária
A XP reforçou em outubro a preferência por operações estruturadas com garantias reais e correção inflacionária. Para a moradia, esse segmento “consegue combinar boa remuneração com proteção contra a inflação e risco controlado de crédito”.
A plataforma de investimentos observa que o CRI do Atacadão, lastreado em contratos de aluguel de imóveis do Grupo Carrefour, oferece segurança suplementar graças à insânia fiduciária dos ativos e às cláusulas restritivas de rescisão antecipada.
“Mesmo com ruídos recentes no segmento de securitização, essa operação se destaca pela qualidade do lastro e da estrutura de garantias”, explica o relatório assinado pela exegeta Camilla Dolle.
Sobre o CRA da BRF, a XP ressalta que o papel “se beneficia do possante portfólio de marcas e da resiliência da demanda por proteínas”, apesar dos riscos ligados às cotações de commodities e a fatores sanitários.
“A empresa possui exposição internacional relevante, sólida estrutura de capital e reles endividamento líquido, o que garante conforto em momentos de volatilidade”, diz a moradia.
Indicações da XP para outubro
| Empresa | Código | Tipo | Rating | Vencimento | Rentabilidade | Setor/Destaque |
| Guardian Atacadão | 24K2582816 | CRI | brAAA (S&P) | 15/12/2037 | IPCA + 7,9% | Contratos de aluguel com cláusulas restritivas e garantias imobiliárias |
| BRF | CRA0250020C | CRA | AAA (Fitch) | 16/04/2035 | IPCA + 7,3% | Líder global em proteínas, com endividamento controlado e subida liquidez |
BTG Pactual: conservadorismo e previsibilidade
O BTG Pactual, por sua vez, manteve a ênfase em títulos de empresas de infraestrutura e robustez com nota máxima de crédito, reforçando o caráter defensivo da carteira. O banco considera que o momento ainda exige prudência, priorizando previsibilidade e liquidez.
“As concessões de transmissão e distribuição de robustez seguem sendo as melhores alternativas de longo prazo, por aliarem segurança operacional e rating saliente”, explica o relatório do banco.
Para o BTG, os papéis indicados (Linhas de Taubaté, RGE Sul Distribuidora e Rialma Robustez) são “adequados para investidores que buscam fluxo previsível e proteção inflacionária, sem se expor a riscos setoriais excessivos”.
Recomendações do BTG para outubro
| Empresa | Código | Tipo | Rating | Vencimento | Rentabilidade | Setor/Destaque |
| Linhas de Taubaté | LINT11 | Debênture | AAA | 15/09/2034 | IPCA + 7,0% | Receita previsível e operação fixo no segmento de transmissão |
| RGE Sul Distribuidora | RGES13 | Debênture | AAA | 15/07/2033 | IPCA + 6,9% | Ampla presença regional e reles índice de inadimplência |
| Rialma Robustez | Debênture | AAA | 15/12/2046 | IPCA + 7,0% | Previsibilidade de caixa e baixa dificuldade operacional |
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