Criptos de dólar encurtam prazos e reduzem custos em pagamentos internacionais

As stablecoins, tipo de criptomoedas atreladas a ativos reais, notadamente o dólar, vêm ganhando terreno nas transações transfronteiriças ao oferecer mais destreza e eficiência em verificação aos sistemas tradicionais. Especialistas do setor destacaram, em quadro realizado no Do dedo Assets Conference, uma vez que essa tecnologia tem potencial de transformar tanto o uso individual quanto o institucional.

Segundo Sofia Duesberg, gerente-geral regional da Conduit, o principal mercê é o tempo economizado. “Hoje, você consegue fazer um pagamento para Singapura instantaneamente. Mesmo com diferenças de fuso horário, trata-se de um mercado sincero 24 horas por dia, sete dias por semana, sem depender de janelas bancárias. Ou por outra, ao remover intermediários, os custos caem de forma significativa”, afirmou.

Duesberg citou ainda a experiência de sua empresa com o chamado “stablecoin sandwich”, que conecta meios de pagamento locais já consolidados, uma vez que o Pix no Brasil, às redes de liquidação no exterior. “Uma empresa pode mandar reais via Pix, transformar em stablecoin e liquidar na Europa ou no México, por exemplo. É uma forma de integrar sistemas que já funcionam muito muito a essa novidade tecnologia”, explicou.

Jefferson Bergamo, executivo de Vendas Institucionais e Desenvolvimento de Negócios da BitGo, destacou que, em países da América Latina e em outras regiões emergentes, o uso de stablecoins também é motivado pela preservação do poder de compra.

“Na Venezuela, na Argentina e até na Bolívia, onde já se encontram preços em USDT até em aeroportos, a stablecoin virou uma utensílio poderosa para fugir da desfavor da moeda sítio e prometer segurança financeira”, observou Bergamo. Ele ressaltou que, além de uso cotidiano, há aplicações em remessas internacionais, investimento e até em compras de maior porte, uma vez que veículos.

Outro ponto ressaltado foi o impacto financeiro direto da destreza nas transferências. “O dispêndio de oportunidade do tempo é enorme”, avaliou Duesberg. “Se uma empresa leva de cinco a sete dias para receber um pagamento internacional, perde a chance de reinvestir esses recursos. Com stablecoins, a liquidação pode ocorrer no mesmo dia, liberando capital antes e gerando ganhos financeiros concretos.”

Já Fabrício Tota, diretor do MB, reforçou que a adoção tende a seguir o caminho já trilhado por usuários individuais, mas agora em direção ao mercado institucional. “Estamos no momento dos early adopters [pioneiros] entre grandes empresas, importadores e exportadores. A chave será oferecer soluções fluidas, em que a tecnologia fica em segundo projecto e a experiência do usuário é tão simples quanto usar um cartão de crédito ou fazer uma transferência via Pix”, disse.

Para os especialistas, a próxima lanço será combinada: mais regulação, que pode aumentar a crédito dos investidores, e expansão do uso das stablecoins em moedas locais além do dólar. A expectativa é que, com perspicuidade regulatória e maior ensino financeira, a tecnologia avance de forma mais ampla tanto em mercados emergentes quanto no segmento corporativo global.

Quer fazer melhores escolhas de investimentos?

O Valor One é a plataforma completa do Valor que reúne, em um só lugar, ferramentas de estudo, painéis de fundos, cotações de ações, indicadores fundamentalistas, recomendações de analistas certificados, cursos e um consolidador de carteira inteligente.

Com a credibilidade de quem é referência em economia e finanças no Brasil, o Valor One oferece uma versão gratuita e planos com recursos avançados para você investir melhor.