Criptos podem atrapalhar controle da inflação pelos BCs, diz Campos Neto
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O progresso do uso de moedas digitais privadas, em peculiar as stablecoins, está mudando a dinâmica dos sistemas financeiros globais e acende um alerta para os formuladores de política econômica e de normas de funcionamento do mercado. O ex-presidente do Banco Médio e superintendente global de políticas públicas do Nubank, Roberto Campos Neto, destacou que a digitalização do moeda e sua transferência para carteiras digitais têm um potencial de retirar dos bancos a capacidade de prover crédito. Ao mesmo tempo, enfraquece a privilégio dos bancos centrais de conduzir a política monetária, isto é, de controlar a inflação por meio dos juros.
“Se a pessoa tira o moeda do banco e coloca numa wallet do dedo, ela diminui a capacidade do banco de emprestar. Isso desintermedia a função crédito e, em alguns casos, também a própria política monetária, que opera por meio desse meio”, afirmou Campos Neto, em apresentação do Do dedo Assets Conference, realizado hoje, em São Paulo.
O principal dos criptoativos citados por Campos Neto nesse contexto são as stablecoins, que são criptomoedas atreladas a moedas fiduciárias, notadamente o dólar. Sua capitalização de mercado cresceu quase 70% em um ano, passando de US$ 170 bilhões para US$ 280 bilhões. Grande secção desse progresso está concentrada em países emergentes, onde moedas locais não são conversíveis ou sofrem com poderoso restrição de saída de capital, pontua.
Nesses locais, onde a moeda americana é mais valorizada, as stablecoins funcionam uma vez que escolha de conta em dólar conseguível, com reles dispêndio e barreiras reduzidas. “Qualquer pessoa pode comprar US$ 50 ou US$ 100 em stablecoin. Isso explica o propagação rápido, em alguns mercados chegando a taxas de 200% ao ano”, disse Campos Neto.
Além da função de suplente de valor em dólares, Campos Neto destaca os casos de uso das stablecoins em remessas internacionais, liquidação de transações financeiras e até em infraestrutura de meios de pagamento, uma vez que cartões de crédito. A adoção institucional também avança, com ETFs e tesourarias corporativas movimentando centenas de bilhões de dólares em criptoativos.
Segundo Campos Neto, essa tendência está ligada a uma mudança estrutural: a passagem de um mundo fundamentado em “contas” para um mundo fundamentado em “tokens”, em que o moeda é programável e pode interagir com contratos inteligentes.
Desafios de transparência e regulação
Apesar da expansão, o economista destacou que o mercado ainda carece de transparência, sobretudo na comprovação dos colaterais que lastreiam as stablecoins. “Quanto mais simples for esse processo, mais rápido o mercado vai crescer. O investidor quer segurança”, disse.
O Genius Act, sancionado nos Estados Unidos, já deu maior nitidez regulatória ao setor. Agora, o próximo passo é a construção de infraestrutura legítimo e de mercado que permita o uso mais espaçoso desses instrumentos sem comprometer a firmeza financeira.
Campos Neto também reiterou sua aposta na tokenização de ativos, que, junto com o open finance e a lucidez sintético, deve transformar a intermediação financeira nos próximos anos. No Brasil, citou a plataforma do Drex, projeto do real do dedo do Banco Médio, uma vez que uma solução pensada justamente para evitar a desintermediação do crédito diante do progresso das carteiras digitais.
“O Brasil tem todos os ingredientes para ser referência global, assim uma vez que aconteceu com o Pix. Mas o sucesso depende de regulação que permita inovação sem comprometer a firmeza do sistema”, concluiu.
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