Debate sobre golpe de juros parece muito distante, diz diretor do BC
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2022/I/K/TAkZRrQCWvcDvMwSQ8FA/gettyimages-1362658896.jpg?ssl=1)
A discussão acerca de um eventual golpe de juros pelo Banco Medial é prematura e sequer consta na notícia solene do Comitê de Política Monetária (Copom), conforme alertou o diretor de política econômica da autonomia, Diogo Guillen, em evento do Barclays nesta sexta-feira.
“O debate sobre o golpe de juros parece muito distante. Acho precoce debater eventuais motivos para trinchar”, disse Guillen, em seguida descrever um envolvente doméstico marcado por atividade resiliente, mercado de trabalho aquecido e expectativas de inflação desancoradas em todos os prazos, durante apresentação no mesmo evento.
De consonância com o diretor do BC, os últimos movimentos da autonomia refletem muito comprometimento com a convergência da inflação à meta de 3%. “Isso é alguma coisa que tem de estar muito simples”, afirmou.
Para ele, o indumentária de as projeções de inflação de 2027 ainda estarem supra da meta não indica que o BC “alongou” o seu cenário de convergência inflacionária. “O horizonte de convergência não mudou, há outros cenários de taxa de juros em consideração”, disse Guillen.
As projeções dispostas ontem no Relatório de Política Monetária (RPM) levam em consideração a mediana do Focus, que indica uma Selic paragem em 15% até o termo deste ano, cortes para uma taxa de 12,50% até o final de 2026 e a 10,50% ao termo de 2027.
Guillen reforçou que o momento atual do Copom é de manter os juros parados para estimar se o patamar atual da Selic é suficientemente restritivo para levar à convergência da inflação à meta. Nas últimas comunicações oficiais do colegiado, foi engrandecido que o BC aguarda os efeitos defasados da política monetária restritiva sobre a atividade econômica.
Além do quadro doméstico, Guillen abordou o cenário macroeconômico global, também marcado por uma atividade resiliente, de consonância com a sua leitura. Há ainda três grandes fontes de incerteza no exterior: a política mercantil em seguida a adoção de tarifas pelos Estados Unidos; quadros fiscais mais expansionistas, em privativo o americano; e os riscos geopolíticos e seus impactos no preço do petróleo.
De consonância com ele, o revérbero de todas essas incertezas é uma mudança na interdependência entre o dólar e as taxas de rendimento de longo prazo do mercado. Usualmente, essa interdependência entre os dois ativos é positiva, mas ela passou a apresentar interdependência negativa diante das novas políticas mercantil e fiscal dos Estados Unidos.
Oriente teor foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2022/I/K/TAkZRrQCWvcDvMwSQ8FA/gettyimages-1362658896.jpg)

Publicar comentário