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Dividendos da Petrobras (PETR4) devem voltar ao normal no 3º tri, preveem analistas

Dividendos da Petrobras (PETR4) devem voltar ao normal no 3º tri, preveem analistas

Dividendos da Petrobras (PETR4) devem voltar ao normal no 3º tri, preveem analistas

Dividendos da Petrobras (PETR4) devem voltar ao normal no 3º tri, preveem analistas

Depois de um segundo trimestre de queda atípica, o dividendo da Petrobras (PETR4) deve voltar a um patamar considerado normal pelo mercado financeiro no terceiro trimestre, quando a companhia divulgará seus resultados e, junto, o tão aguardado crédito por ação. A estimativa de analistas é de que a petroleira pague murado de R$ 10 bilhões em proventos, com base na melhora de produção de óleo bruto e, uma vez que cereja do bolo, a negociação de gasolina a um preço supra do PPI (Preço de Paridade de Importação).

Segundo a Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis), a Petrobras vende gasolina hoje a um preço 9% superior ao do PPI. Na comercialização de diesel, o preço está 4% aquém do regime de paridade.

Na outra ponta, os preços de petróleo continuam baixos, mesmo que tenham emendado uma segurança na conferência trimestral. Isso deve jogar contra a chance de o dividendo da Petrobras superar expectativas, dizem analistas do mercado financeiro.

O Citi calcula que o dividendo da Petrobras (PETR4) deve corresponder a 2% do preço da ação no mercado. Apesar da flutuação do petróleo no exterior, o crítico Gabriel Barra, do Citi, afirma que a estatal “deve mostrar proventos resilientes” aos investidores.

O dividendo mais sólido virá, em segmento, pelo aumento de produção de óleo bruto da Petrobras. O Citi espera um volume médio de produção de 2,4 milhões de barris de petróleo por dia entre julho e setembro, subida de 5% na conferência trimestral. A Petrobras passou por menos paralisações no trimestre, o que contribuiu para melhoria de ritmo, comenta o banco.

O que importa mais ao mercado, neste momento, é justamente a volta do dividendo aos trilhos. Isso porque, no segundo trimestre, o dividendo de R$ 8,7 bilhões da companhia foi recebido de forma negativa pelo mercado. As ações caíram em seguida a divulgação. Se o dividendo do terceiro trimestre se provar mais resiliente, a Petrobras tem tudo para remunerar 10% a 12% do valor de sua ação somente em proventos até o final deste ano, diz Ruy Hungria, crítico da Empiricus.

No segundo trimestre tivemos tarifaço e alguns eventos não recorrentes da Petrobras que atrapalharam a distribuição“, aponta o perito. “Neste resultado, se zero poluir o balanço, a companhia deve remunerar R$ 10 bilhões aproximadamente”, comenta.

Risco dos dividendos da Petrobras (PETR4)

Para Hungria, há um risco no dividendo da Petrobras caso o governo resolva subtrair os preços da gasolina “na canetada” e o petróleo suba no exterior. O efeito, porém, não seria sentido no terceiro trimestre.

O Citi aponta para um risco dissemelhante mais: leilões de polos não contratados do pré-sal. O Ministério de Minas e Virilidade vai leiloar áreas de três campos onde a Petrobras já opera, com lance mínimo de R$ 10,2 bilhões. Assim, a chance de participação da estatal no torneio é subida, avalia o Citi.

Os dividendos do quarto trimestre da Petrobras podem ser impactados negativamente caso a Petrobras faça lances mínimos seguindo sua participação em cada campo. O impacto no dividendo ordinário do quarto trimestre, a ser pago em 2026, seria de R$ 400 milhões, ou 0,5% do valor da ação.

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Logo da Petrobras — Foto: Sergio Moraes/Reuters

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