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Dividendos pagos pelas empresas crescem 13% em 2024 e veja como devem ser este ano

Dividendos pagos pelas empresas crescem 13% em 2024 e veja como devem ser este ano

Dividendos pagos pelas empresas crescem 13% em 2024 e veja como devem ser este ano

gettyimages-72983838 Dividendos pagos pelas empresas crescem 13% em 2024 e veja como devem ser este ano
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Apesar dos elevados juros e do momento difícil para as companhias, mais de R$ 80 bilhões de proventos estão previstos para serem pagos aos acionistas em 2025 Os acionistas da bolsa brasileira que contaram com os dividendos, a fatia do lucro dos negócios paga aos investidores, se deram bem em 2024. As companhias da bolsa brasileira distribuíram R$ 308,07 bilhões em dividendos em 2024, um montante 13% maior do que os R$ 272,14 bilhões distribuídos em 2023. Contudo, foi 22% menor do que o recorde de R$ 393,64 bilhões pago em 2022. Os dados são da Meu Dividendo, plataforma que antecipa a distribuição de dividendos aos investidores.
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O destaque entre as empresas foi a Petrobras, que pagou R$ 103,24 bilhões em proventos em 2024, um valor 4% maior que o de 2023. O governo inicialmente resistiu à distribuição de dividendos extraordinários no primeiro trimestre. O desgaste foi tão grande que levou o presidente da Petrobras Jean-Paul Prates a ser demitido do cargo. Entrou no lugar Magda Chambriard. Tudo indicava que haveria alguma mudança na política de pagamento de dividendos da companhia, o que acabou não acontecendo.
Em segundo lugar, o Itaú distribuiu R$ 27,89 bilhões em 2024, uma disparada de 127% em comparação a 2023. E em terceiro, a Vale pagou R$ 21,93 bilhões em proventos em 2024, um valor 24% menor do que o de 2023.
Os setores que mais distribuíram dividendos foram o de petróleo, gás e biocombustíveis (R$ 111,83 bilhões em 2024, alta de 10% ante 2023), o financeiro (R$ 78,5 bilhões em 2024, avanço de 45% em comparação a 2023) e de commodities (R$ 32,6 bilhões em 2024, queda de 24% em relação a 2023).
O que esperar para 2025?
Apesar dos elevados juros e do momento difícil para as companhias da bolsa brasileira, mais de R$ 80 bilhões de proventos estão previstos para serem pagos pelas empresas da B3 aos acionistas em 2025, uma alta de 40% em comparação os R$ 57 bilhões inicialmente previstos para 2024, segundo a plataforma Meu Dividendo.
Mesmo com as incertezas econômicas que desafiam os balanços das companhias, a expectativa é que os negócios sólidos, menos endividados e com bom histórico de pagamento de proventos sigam fazendo distribuições atrativas em 2025.
As companhias boas distribuidoras de dividendos estão entre as mais indicadas para investir pelas corretoras da Carteira Valor, porque essa é um forma dos investidores se protegerem das oscilações esperadas para a bolsa neste ano. As ações mais aconselhadas são as do Itaú, da Petrobras e da Suzano.
A Petrobras deverá continuar sendo uma das grandes pagadoras de proventos, afirma Wendell Finotti, presidente da plataforma Meu Dividendo. Ele diz que a empresa mantém uma política de preços dos combustíveis que a deixa ser lucrativa, permitindo o pagamento dos dividendos aos acionistas. Ainda, destaca que o governo é o principal acionista da companhia e deve elevar a arrecadação em meio aos desafios do orçamento.
“Como o governo é um dos principais beneficiados pelos dividendos, não deve interferir de forma a barrar a distribuição dos dividendos pela empresa”, afirma. “Além disso, a atual gestão da Petrobras apresentou o novo plano de negócios, em que aumentou a meta da dívida bruta da companhia e diminuiu o seu nível mínimo de caixa, abrindo espaço para uma elevação no pagamento de proventos”, diz.
Já o banco Itaú vem entregando forte resultado e poderá pagar um dividendo extraordinário referente ao quarto trimestre de 2024. A Ágora calcula que o Itaú pagará de R$ 12,7 bilhões a R$ 20,8 bilhões em dividendos extraordinários relativos a esse período e espera que o banco alcance um lucro líquido de R$ 11,1 bilhões nesse intervalo. A corretora estima que o pagamento de proventos será resultado de uma combinação de capital robusto e de ruídos regulatórios menores.
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