Dólar cai pela 9ª vez seguida, maior sequência em 7 anos e meio
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Ao final dos negócios a moeda americana caía 0,24% e era cotada a R$ 5,85, registrando a nona queda consecutiva. É a maior sequência de desvalorização do dólar frente ao real desde julho de 2017. A lema se mantém no menor nível em mais de dois meses. Em 26 de novembro do ano pretérito, encerrou a R$ 5,80.
Lá fora, caía 0,13% contra moedas de outros países desenvolvidos, recuava 0,21% contra o peso mexicano e cedia 0,26% diante de o rand sul-africano, moedas consideradas semelhantes ao real.
Há um efeito sazonal. Assim uma vez que em dezembro as saídas de dólares do país são maiores, em janeiro, historicamente o fluxo de ingressão de moeda americana no país é maior, aponta Elson Gusmão, diretor de câmbio da corretora Ourominas.
“O leilão colabora, mas o movimento tem muito a ver com a posse do presidente americano Donald Trump e as expectativas de super taxação que, até o momento, não se tornaram reais. Com o aumento da nossa Selic nos deixando no patamar de segundo maior juros reais do mundo, o capital estrangeiro pode transmigrar para cá. Vai depender muito da nossa posição fiscal. Foi divulgado hoje que cumprimos a meta do ano pretérito”
Apesar das decisões ficarem em risco com as expectativas, o enviado do BC brasílico foi considerado mais suave do que o esperado, enquanto o do BC americano foi estimado uma vez que mais duro, o que tende a diminuir o diferencial de juros entre os dois países e fez com que o dólar ganhasse alguma força diante de o real.
No primeiro movimento sobre juros sob o procuração do novo presidente do Banco Medial, Gabriel Galípolo, o enviado da decisão sobre juros do BC teve um tom muito mais suave do que seria necessário no momento, diz Solange Srour, diretora de macroeconomia brasileira no banco suíço UBS. Aliás, as projeções de inflação foram relativamente moderadas em relação ao que o mercado esperava e expressaram maior preocupação com os riscos à atividade econômica do país. O balanço de riscos incorporou uma visão benigna, do ponto de vista inflacionário, sobre os possíveis impactos de choques no negócio global e nas condições financeiras.
“Não houve uma menção mais dura à piora considerável das expectativas de inflação nas últimas semanas – a pior registrada entre reuniões do Copom em mais de uma dezena –, muito uma vez que à piora da inflação, mormente nos serviços. No contexto atual, não considero adequado já revelar preocupação com sinais iniciais de esfriamento da atividade, oferecido o intensidade de desaceleração que parece ser necessário para trazer a inflação para mais perto da meta”.
Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual, reforça a visão. “O BC trouxe uma informação ‘inclinada ao golpe dos juros’ com mudanças importantes dentro do balanço de riscos. Ainda que a informação tenha mantido boa secção das preocupações e do “firme comprometimento” com a convergência da inflação à meta, o tom da informação não reagiu em risco com o distanciamento das expectativas da meta da inflação entre a reunião de dezembro e janeiro”.
“O Comitê parece estar optimista de que a inflação pode subtrair, oferecido que a possante divergência das expectativas de inflação em relação à meta não resultou em uma informação mais enérgica. Garantindo o compromisso ‘para além da próxima reunião’, imaginamos que o ciclo de subida não terminará em 14,25%, mas pode resultar em um ritmo mais lento a partir de maio. Seguimos com duas altas de 0,50 ponto percentual em maio e junho deste ano”.
Já nos EUA a expectativa era de que o Fed mencionasse mais uma queda de juros ainda esse ano. Mas o presidente da domínio monetária, Jerome Powell, disse em sua conferência com jornalistas que pode esperar “pacientemente” para ver uma vez que a economia irá reagir às políticas do novo governo.
Por conta dos comunicados, as taxas futuras de juros no Brasil caíram e as taxas de juros futuras nos Estados Unidos subiram. Portanto, o diferencial entre as taxas dos dois países diminuiu o que fez o dólar lucrar valor frente ao real, aponta Alexandre Viotto, diretor de mesa de câmbio da EQI Investimentos.
Ontem (29), o dólar fechou perto da firmeza, cotado em R$ 5,87. Já são oito sessões consecutivas nas quais fecha em queda.
Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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