Dólar cai quase 2% em setembro e moeda já acumula queda de dois dígitos no ano

Na sessão, a moeda norte-americana foi impactada pelo risco de “shutdown” (uma paralisação de segmento das atividades por falta de verba) nos Estados Unidos e por dados de trabalho que foram divulgados hoje.

Leste cenário, explica Bruno Shahini, técnico em investimentos da Nomad, favorece moedas emergentes. “No Brasil, o quadro doméstico deu suporte ao real, com a Selic elevada aliada à notícia firme do Banco Medial no sentido de ancorar as expectativas de inflação com a manutenção da taxa de juros ainda em patamares restritivos”, diz.

Em relação ao “shutdown”, embora acenda um alerta no mercado, não é tão vasqueiro que o governo dos Estados Unidos passe pela paralisação. Isso acontece quando não há aprovação das leis orçamentárias anuais pelo Congresso. Portanto, todas as atividades estatais consideradas não essenciais são suspensas por tempo indefinido. Com isso, o orçamento fica paralisado e os funcionários públicos deixam de receber até que o parlamento e o governo cheguem a um consenso sobre os recursos públicos.

De quebra, o dia ainda tem o relatório Jolts ({sigla} de “Job Openings and Labor Turnover Survey”) para os investidores analisarem. O número de vagas de trabalho disponíveis nos Estados Unidos foi de 7,2 milhões em agosto. A expectativa de fenda era de 7,1 milhões.

Ontem (29) foi um dia de potente gosto por mercados emergentes. Assim, a cotação do dólar caiu 0,31% na presença de o real, encerrando os negócios a R$ 5,3222. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,3049.