Dólar em subida e IOF mais custoso encarecem viagens ao exterior; veja uma vez que poupar
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Posteriormente o pregão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o dólar voltou a se valorizar. Além da subida da moeda norte-americana em relação ao real, os efeitos já são sentidos tanto por quem tem uma viagem internacional planejada, uma vez que por quem pretendia incluir uma no porvir já que, com a mudança, o dispêndio da conversão cambial ficou mais custoso.
Segundo o decreto publicado na última quinta-feira (22), as medidas passaram a valer já na sexta-feira (23). Com isso, em grupos de “milheiros” — uma vez que são chamados os viajantes que acumulam milhas aéreas para viajar — iniciou-se uma corrida para transmudar as moedas antes das 0h de sexta.
As próprias empresas de contas globais chegaram a enviar notificações para os clientes falando sobre a atualização da tarifa. Veja:
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O IOF é um tributo federalista cobrado em diversas operações, uma vez que:
- Operações de crédito – cobrado em empréstimos, financiamento, rotativo do cartão;
- Câmbio – cobrado na compra de moeda estrangeira, quando se fecha o contrato de câmbio. Exemplo: quando você compra dólar ou quando vende o dólar;
- Seguros – quando há contratação (menos contratação de seguro de vida e saúde, que são isentos);
- Títulos e Valores Mobiliários – investimentos em renda fixa, uma vez que CDB, dependendo do prazo de operação.
Com a mudança anunciada nesta quinta, o IOF de compra de moeda para conta fluente de Pessoa Física passa de 1,1% para 3,5%. Ou seja: na prática, comprar dólar, euro ou outras moedas estrangeiras ficou mais custoso, , o que encarece os planos de quem deseja viajar para outros países.
Yara Guerra, jornalista, tem uma viagem programada com amigos para a Europa e conseguiu antecipar a compra da moeda em carteira do dedo. No entanto, a mudança no IOF deve tarar na compra de euros em espécie, o que deixará o dispêndio da viagem maior.
Já Matheus Andrade, agente de turismo e que tem duas viagens planejadas para oriente ano — uma para a Europa e outra para a Ásia — conta que compra moeda estrangeira em contas globais “justamente para fugir do supremo de taxas” e que, normalmente, só usa o cartão de crédito no exterior para casos de emergência, tendo em vista que as taxas do cartão costumam ser mais elevadas. De combinação com ele, porém, a mudança “compromete o orçamento já calculado para a viagem”.
“Além de monitorar se a moeda está mais face ou mais barata, agora também terei que monitorar o impacto do tributo nas minhas compras, tendo em vista que paladar de comprar um pouco a cada mês ou a cada 15 dias para lastrar mais os valores”, explica o agente.
No caso de Andrade, ele não adiou as viagens, mas teve que modificar a organização da viagem. “O impacto é maior para mim porque sempre viajo por muito tempo, coisa de 30 a 40 dias e nessa próxima quero fazer 60 dias. Todo meu planejamento está sendo minucioso porque também irei em datas festivas de natal e ano novo, o que já encarece por si só o dispêndio da viagem”, explica.
Marília Patriota, dona da filial Essenciale Viagens, contou que recebeu o relato de duas clientes que viajarão para a Europa sobre o impacto que a subida do IOF trará para as viagens. Ambas resolveram prorrogar as compras para tentar um câmbio menor. “Quando as duas buscaram comprar euro em uma lar de câmbio, elas desistiram de realizar a compra por pretexto da diferença no dispêndio final”, comenta ela.
Uma das estratégias para driblar o cenário de alíquota mais subida é calcular se vale mais a pena comprar ou enviar o montante todo de uma vez e remunerar o imposto exclusivamente nessa transação ou enviar aos poucos e remunerar um pouco em cada uma.
Tentar escoltar a movimentação da cotação de moeda que o viajante precisa pode ajudar a reduzir esse dispêndio final ou até mesmo comprar gradualmente para conseguir um preço-médio melhor, recomenda Lai Santiago, planejadora financeira.
Para quem precisar sacar verba, é preciso também consultar a taxa cobrada pelo banco nos saques em caixas eletrônicos no país que a ser visitado para evitar custos extras.
Outra opção é pesquisar cartões que não cobram o IOF ou oferecem cashback do imposto. Nesses casos, ao fazer gastos no exterior com o cartão de crédito, há a cobrança do imposto e a instituição devolve esse IOF na forma de cashback.
Para cartões pré-pago de débito e corretoras de câmbio, há taxas que são comuns, uma vez que valor do câmbio (que é regulado pelo mercado), o IOF (espécie de pedágio do governo) e o spread, que é o lucro de cada instituição, que pode variar entre uma instituição e outra, pontua Carlos Castro, planejador financeiro pela Planejar.
“Entre um banco grande, fintech de cartão pré-pago ou a corretora de câmbio, essa taxa varia e sempre variou muito. Portanto, buscar instituições que cobrem taxas menores. Com taxas menores, você diminui o impacto do aumento do IOF”, enfatiza Castro.
Outrossim, combinar todos os fatores (cartão de crédito sem IOF ou com cashback do imposto, corretora de câmbio com taxa menor e cartões pré-pagos com taxa intermediárias entre o cartão de crédito e a corretora de câmbio) pode reduzir o dispêndio em transformar o real na moeda necessária para a viagem.
Por termo, Santiago recomenda que, ainda que o IOF do cartão de crédito esteja mais proeminente, é importante ter um cartão internacional para caso de emergências. “Um pouco de verba em espécie, valores disponíveis em uma conta internacional. Variar as alternativas de pagamento, principalmente em uma viagem internacional, é fundamental para ficarmos mais seguros”, diz Santiago.
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