Dólar fecha em subida de quase 4% e tem maior valorização diária em mais de dois anos

Ao final dos negócios a moeda americana avançou 3,68%, a R$ 5,84, nas máximas da sessão. É a maior subida diária desde 10 de novembro de 2022, quando subiu 4,10%. O movimento ficou em traço com a subida da lema em relação a outras moedas emergentes, uma vez que o peso mexicano. Na semana, subiu 1,32%

O câmbio foi do firmamento ao inferno em dois dias. Ontem, chegou a tombar firme por conta da expectativa de que o proclamação das tarifas e efetivas iriam trazer recessão aos EUA, o que daria espaço para o banco medial americano reduzir juros. Mas na sessão de hoje, com o proclamação de retaliação da China, o cenário se reverteu. Nesse envolvente, moedas mais arriscadas, uma vez que o real, sofrem bastante, explica Alexandre Viotto, diretor de mesa de câmbio da corretora Ourominas.

“O movimento foi bastante hostil. Geralmente não enxergamos uma subida dessa magnitude, afora dias de ataque especulativo ou crise extrema. O movimento é guiado pela instabilidade sobre as retaliações que podem vir daqui para a frente”

Paula Zogbi, gerente de análises da Nomad, aponta que as commodities, por exemplo, devem ser fortemente afetadas se o envolvente for de queda na atividade de forma generalizada – o que ajuda a pejorar o real. “A volatilidade deve continuar e o momento é de foco em ativos menos voláteis e de proteção, uma vez que setores mais resilientes e reservas de valor, uma vez que o ouro e o dólar”.

Embora a incerteza seja subida e os riscos de queda da economia tenham aumentado, a economia ainda está em um bom lugar, reafirmou hoje o presidente do banco medial americano (Federalista Reserve, o Fed), Jerome Powell, que participou de um evento nesta sexta-feira (04) e respondeu a perguntas. “Os dados recebidos mostram um desenvolvimento sólido, um mercado de trabalho em estabilidade e a inflação muito mais próxima, mas ainda supra, do nosso objetivo de 2%”.