Dólar fecha em queda, a R$ 5,86, com incertezas sobre guerra de tarifas
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O dólar avançava timidamente na manhã, desta quarta-feira (16). Mas, a moeda voltou a se desvalorizar diante de a escalada da guerra mercantil entre os Estados Unidos e a China. Há receios de que o presidente Trump utilize as novas rodadas de negociações comerciais uma vez que estratégia para tentar isolar a economia chinesa dos mercados internacionais. Diante de o aumento das incertezas, investidores buscam alternativas à lema uma vez que refúgio, a exemplo de outras moedas e o ouro.
Ao final dos negócios a moeda americana caía 0,44% e era cotada a R$ 5.86.
O mercado de câmbio, na sessão de hoje, passou por ajustes em resposta à desvalorização global do dólar, diz Bruno Shahini, profissional em investimentos da Nomad. “As incertezas seguem predominantes, mormente devido à escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, fator que explica tanto a queda dos principais índices americanos no pregão de hoje quanto o esgotamento do dólar”.
Desde o proclamação das tarifas do governo americano no dia 2 de abril, e subsequente retaliação da China, instalou-se um estresse nos mercados financeiros, consistente com uma valorização do dólar, já que esse cenário costuma gerar uma corrida por segurança, com os recursos do resto do mundo buscando a segurança da moeda. Entretanto, não é o que está ocorrendo, aponta André Valério, economista sênior do Inter.
No período, o euro e o iene já valorizam quase 4%, enquanto o dólar desvalorizou quase 3% globalmente. Os investidores também vêm adquirindo mais títulos públicos europeus e japoneses, cujas taxas têm aumentado com a perspectiva de maior gasto fiscal da Alemanha e da perspectiva de uma política monetária japonesa mais contracionista nos próximos meses, analisa Valério.
“O dólar vem se depreciando frente as principais moedas do mundo e os juros de 10 anos americanos subindo, um movimento típico de perda de credibilidade que países emergentes sofrem comumente, mas que é vasqueiro para a economia americana. Isso sugere que a atual incerteza causada pela política tarifária tem tornado os investidores globais receosos com os EUA, e fazendo com que busquem maior liquidez e alternativas ao dólar”.
No entanto, o economista aponta que ainda é cedo para declarar que a desvalorização do dólar será alguma coisa estrutural. “O dólar continua sendo a moeda mais importante da economia internacional, pautando o negócio mundial e os mercados financeiros e sua força deriva do dinamismo da economia americana, do seu envolvente político-econômico inabalável e da ampla cooperação internacional com seus aliados”.
Dados oficiais divulgados nesta quarta-feira mostraram que o resultado interno bruto (PIB) da China expandiu 5,4%, no reunido em 12 meses, em relação ao período anterior. O índice superou a estimativa de 5,2%, levantada pelo “The Wall Street Journal”.
Os dados do PIB da China para o 1º trimestre mostram um início de ano sólido, mas as preocupações com tarifas dos EUA aumentam os riscos de queda para as previsões de incremento anual, escreve Julian Schaerer, economista do Julius Baer. Espera-se que o ritmo das exportações desacelere acentuadamente nos próximos meses, com as tarifas americanas sobre a China totalizando até 145% e as tarifas chinesas sobre os EUA em 125%, afirma.
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