Dólar fecha em queda de olho em movimento do governo americano

Com o petróleo saltando mais de 5%, as moedas emergentes encontram espeque no progresso das commodities depois novas sanções europeias à indústria russa.

Ontem (22), durante um encontro com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou a repórteres que levantará preocupações sobre compras chinesas de petróleo russo durante sua reunião na Coreia do Sul na próxima semana.

As relações com a Rússia, inclusive, são um dos pontos de tensão, já que Trump anunciou sanções contra gigantes do petróleo russo, uma vez que a Rosneft e a Lukoil. O objetivo é levar o presidente russo, Vladimir Putin, à mesa de negociações e ajudar a pôr término à guerra contra a Ucrânia.

Ou por outra, sinais de incentivo ao consumo e planos de fortalecimento tecnológico na China também contribuíram para um envolvente mais favorável ao risco.

No cenário monetário, a combinação entre a possibilidade de novo golpe de juros nos Estados Unidos e a perspectiva de Selic elevada por mais tempo no Brasil preserva o diferencial de juros entre Brasil e EUA, sustentando fluxos para o mercado sítio, diz Bruno Shahini, profissional em investimentos da Nomad.

A melhora no sentimento no pregão de hoje ainda é reforçada por expectativas de progresso nas relações comerciais entre Washington e Pequim e também pela agenda diplomática envolvendo o encontro entre Lula e Trump, o que ajudou a reduzir incertezas relacionadas à taxa mercantil e dar suporte aos ativos de risco locais.