Dólar sobe no mês com aumento na tensão entre EUA e China e fiscal do Brasil no foco
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O dólar à vista fechou em subida na sessão desta sexta-feira (30) em um pregão no qual a moeda americana se valorizou frente à diversas outras moedas globais, diante da escalada de tensões entre os Estados Unidos e a China. A formação da Ptax no término do mês adiciona uma volatilidade a mais no mercado de câmbio hoje. No fecho, a moeda americana avançou 0,91%, a R$ 5,7180. Já no aumulado do mês, a subida foi de 0,72%.
A Ptax é a taxa de câmbio referência para o dólar no Brasil. Essa taxa é calculada pelo Banco Meão e serve porquê base para diversos produtos ligados ao câmbio, porquê o dólar horizonte, contratos derivativos de dólar, além de operações de exportação e importação de mercadorias.
Ela recebe esse nome por desculpa da PTAX800, uma transação do Sisbacen (Sistema do Banco Meão) usada até 2014 pelo mercado para consultar taxas de câmbio do dia.
Todos os dias têm formação da Ptax, no entanto, o mercado dá mais foco à Ptax do último dia do mês porque será a base para os contratos cambiais do mês seguinte. Ou seja, na prática, a Ptax de hoje (30 de maio) será responsável por nortear os contratos de câmbio de junho.
Além da formação da Ptax, os agentes monitoram dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos, além de uma novidade rodada de tensões entre o presidente americano, Donald Trump, e a China.
Trump escreveu hoje em publicação em sua rede social que a China “violou completamente” o negócio firmado com os EUA há pouco mais de duas semanas em Genebra, na Suíça, onde os dois países concordaram em reduzir as tarifas por 90 dias.
Sem entrar em detalhes, Trump declarou que Pequim, “sem surpresa para alguns, violou completamente o negócio conosco [EUA]”. “Adeus ao papel de bonzinho”, escreveu o presidente dos EUA ao final de sua mensagem.
Segundo Bruno Shahini, perito em investimentos da Nomad, a possibilidade de ruptura nesse negócio gera preocupação, sendo um fator que pode minar o otimismo recente que levou a uma rápida recuperação das bolsas globais. Ou por outra, questões fiscais internas relacionadas ao aumento do IOF e incertezas sobre medidas de arrecadação compensatórias reforçam uma postura defensiva dos investidores domésticos.
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