Dólar tem queda com fiscal e rumo dos juros dos EUA no radar

• O dólar à vista registrou queda de 0,12%, a R$ 5,3441, nesta quarta-feira (8). Na mínima, tocou R$ 5,3293, alcançando R$ 5,3632 na máxima.

Segundo o Société Générale, a recente valorização do dólar foi sustentada por uma série de incertezas, que ainda permanecem no radar global, entre elas, o impasse político nos Estados Unidos que mantém o governo parcialmente paralisado (“shutdown”) e a falta de divulgação de dados econômicos, porquê o relatório de ocupação (payroll).

Com o delongado desses indicadores, os investidores aguardam nesta quarta a divulgação da ata da última reunião do Federalista Reserve (Fed), que pode oferecer pistas sobre o rumo dos juros americanos.

No Brasil, o foco segue no fiscal

O refrigério cambial também refletiu um otimismo moderado em torno da votação da MP 1303, marcada para esta quarta.

O texto precisa ser reconhecido até hoje para não perder validade e é considerado peça importante para ressarcir a perda de arrecadação com a novidade fita de isenção do Imposto de Renda.

Apesar do progresso, o mercado segue cético quanto à efetividade fiscal da medida. O relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), manteve isenções sobre LCIs e LCAs e retirou o aumento de alíquotas sobre as empresas de apostas (“bets”), reduzindo o potencial de arrecadação de R$ 20 bilhões para R$ 17 bilhões.

Essa desidratação tem sido vista porquê sinal de fragilidade no compromisso do governo com a meta fiscal.

Também no radar dos investidores está a novidade pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta manhã, que mostra melhora na avaliação de Lula.

Segundo o levantamento, 48% aprovam a gestão do petista, de 46% na pesquisa de setembro, ao passo em que a taxa de desaprovação caiu de 51% a 49%.

Com as respostas positivas e negativas tecnicamente empatadas, o otimismo do mercado em torno de uma alternância de poder em 2027 perde terreno.