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Entenda a discussão sobre IOF no Congresso e uma vez que ela afeta seus investimentos

Entenda a discussão sobre IOF no Congresso e uma vez que ela afeta seus investimentos

Entenda a discussão sobre IOF no Congresso e uma vez que ela afeta seus investimentos

Entenda a discussão sobre IOF no Congresso e uma vez que ela afeta seus investimentos

Parece uma discussão distante em meio ao turbulento junho que acometeu os mercados, mas a retomada do imbróglio fiscal e a confirmação do racha entre Congresso e Planalto elevou o risco de investir por cá.

  • Assim, o Ibovespa caiu 1% e fechou a sessão nos 135.767 pontos. Na semana, acumula perdas de 0,98% e, no mês de junho, a carteira está em baixa de 0,92%. Desde o primórdio deste ano, a valorização do índice recuou a 12,87% hoje.

Somada à frágil trégua negociada entre Israel e Irã, agora se soma, no envolvente doméstico, a discussão sobre as contas públicas e quais manobras o governo precisará (e poderá) fazer para atingir a meta estipulada no tórax fiscal.

  • Das 84 ações que fazem segmento do Ibovespa atualmente, 73 caíram nesta sessão.
  • A carteira do Ibovespa movimentou R$ 13,8 bilhões hoje, aquém da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,6 bilhões.

Se passar na votação da Câmara, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 214/2025 ainda vai ser votado no Senado. Só logo, se revalidado na segunda Lar legislativa, o decreto governamental que elevou o IOF realmente deixa de valer.

Com o Senado liderado por Davi Alcolumbre (União-AP), a guia do governo Lula é certa. O senador já manifestou intenção de pautar o PDL ainda hoje.

A grande questão para o mercado financeiro é que a falta de pronunciação entre Planalto e Congresso faz escalar as desconfianças de que o governo conseguirá encontrar uma solução para as contas públicas deste ano. E, se encontrar, que saídas seriam essas?

  • A taxa de Repositório Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 saiu de 14,94% para 14,95% ao ano. Prêmios em contratos de limitado prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
  • No médio prazo, os retornos da taxa para janeiro de 2029 foram de 13,33% para 13,41%ao ano.
  • Já para janeiro de 2036, a taxa subiu de 13,61% para 13,66% ao ano. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.

Enquanto o cerco se fecha em torno de Lula e seus ministros, alguma coisa é visível para o investidor brasílico: a situação para investir em renda variável no Brasil está cada vez mais difícil. Com juros altos e risco de volta às alturas, além das incertezas no exterior, os ativos domésticos precisam entregar retornos agora ainda mais elevados para compensarem a volatilidade intensa.

Já os rentistas de plantão, que preferem alocar seu verba no Tesouro, podem esperar a escalada das taxas no curtíssimo prazo. Porém nem mesmo os títulos de renda fixa escaparão aos intensos solavancos no mercado secundário.

  • Assim, por mais um dia, mesmo com o consolação lá fora, por cá o dólar mercantil escalou contra o real. A subida foi de 0,63%, a R$ 5,55. Na semana, a moeda americana valorizou 0,52%. No mês de junho, ainda está em queda, de 2,88%. Desde o início do ano, ficou muro de 10% mais barata para o brasílico.

Sem o base do Congresso para as mudanças no IOF, as alíquotas voltam aos patamares em que estavam lá detrás, antes de todo esse imbróglio estrear.

Agora, parecem cada vez maiores as chances de os parlamentares também rejeitarem as medidas propostas na Medida Provisória apresentada neste mês para acalmar os apertos no IOF.

Para o investidor, poderiam ser problemas a menos. Com a derrubada da proposta, a isenção em LCIs, LCAs, CRIs e CRAs é mantida. O imposto retrocessivo segue valendo na renda fixa, o que privilegia investidores que seguram as posições nos títulos. Também em fundos e ações as alíquotas seguem menores, a 15% em vez dos 17,5% estabelecidos no texto original da MP.

  • Para lastrar as contas públicas e fazer as contas do governo meão se enquadrarem na orquestra de tolerância prevista no tórax fiscal, o governo precisará trinchar gastos.

Porém, se não o fez até agora, é sinal de que a resistência dentro do próprio governo é imensa. Não exclusivamente isso, uma vez que a margem também é pequena. Das despesas que a União tem hoje, 93% são não discricionárias – isto é, são obrigatórias, com cumprimento previsto por leis.

Desses 7%, de onde sairia o que o governo precisa para fechar as contas com um déficit de muro de R$ 28 bilhões na margem de tolerância? De contrato com estimativas do próprio Planalto, ainda faltam R$ 12 bilhões para chegar lá.

  • Se, por um lado, o Congresso cede às pressões de grupos de interesses e forma uma barreira ao aumento de tributações – sejam sobre ricos, super ricos, classe média, empresários, bets ou outras empresas -; por outro, não abre mão de suas emendas parlamentares, que abocanham muro de R$ 60 bilhões do Orçamento para 2025.

Nesse cabo de guerra, está dada a largada para um vale tudo.

O Planalto pode retaliar o Congresso justamente nas emendas. Nesse jogo, tem o Judiciário mais ao seu lado do que contra si. E enquanto o racha entre os poderes aumenta, sobe o termômetro de risco do país e menor fica o espaço para uma reforma fiscal mais séria.

“E uma vez que ficam os ativos domésticos em meio a tudo isso?”, o investidor pode se perguntar. Pois logo é melhor estreitar os cintos, porque há mais turbulência à vista no mercado brasílico.

Comportamento das ações do Ibovespa em 25/6/2025

Código Nome Rombo Mínima Média Máxima Fechamento Var. %
VAMO3 VAMOS ON 4,56 4,41 4,62 4,76 4,76 3,48
RADL3 RAIA DROGASIL ON 14,87 14,71 15,54 15,78 15,50 3,26
RAIZ4 RAIZEN PN 1,64 1,59 1,63 1,69 1,67 1,83
BEEF3 MINERVA ON 4,87 4,74 4,83 4,95 4,81 1,48
WEGE3 WEG ON 41,51 41,11 41,70 41,91 41,82 0,92
B3SA3 B3 ON 13,41 13,40 13,60 13,67 13,61 0,67
TAEE11 TAESA UNIT 34,40 34,15 34,42 34,56 34,46 0,47
CXSE3 CAIXA SEGURI ON 14,18 14,06 14,17 14,27 14,27 0,42
MGLU3 MAGAZINE LUIZA ON 9,15 9,00 9,12 9,22 9,13 0,33
POMO4 MARCOPOLO PN 7,59 7,52 7,65 7,78 7,65 0,13
COGN3 COGNA ON 2,80 2,77 2,80 2,84 2,82 0,00
DIRR3 DIRECIONAL ON 42,42 41,81 42,38 43,18 42,45 -0,07
VALE3 VALE ON 50,25 49,72 50,25 50,60 50,48 -0,12
IGTI11 IGUATEMI S.A UNT 22,56 22,40 22,61 22,76 22,71 -0,13
EMBR3 EMBRAER ON 72,76 72,17 73,05 73,53 73,08 -0,15
PSSA3 PORTO SEGURO ON 53,67 53,33 53,73 54,04 53,90 -0,17
IRBR3 IRBBRASIL RE ON 44,54 44,13 44,49 44,95 44,39 -0,36
STBP3 SANTOS BR PART ON 13,80 13,74 13,75 13,80 13,74 -0,36
NTCO3 GRUPO NATURA ON 10,47 10,36 10,44 10,53 10,47 -0,38
ALOS3 ALLOS ON 22,26 22,17 22,26 22,45 22,17 -0,40
YDUQ3 YDUQS PART ON 16,27 16,07 16,26 16,41 16,33 -0,43
BRAP4 BRADESPAR PN 15,15 14,94 15,06 15,19 15,10 -0,46
VBBR3 VIBRA ON 21,65 21,49 21,65 21,84 21,70 -0,46
BBDC3 BRADESCO ON 14,21 14,10 14,21 14,33 14,19 -0,49
RAIL3 RUMO S.A. ON 17,60 17,55 17,70 17,80 17,75 -0,50
PETR4 PETROBRAS PN 31,32 31,21 31,36 31,54 31,21 -0,51
PETR3 PETROBRAS ON 34,09 33,96 34,10 34,40 33,97 -0,59
KLBN11 KLABIN S/A UNT 17,69 17,45 17,56 17,73 17,60 -0,62
SUZB3 SUZANO S.A. ON 51,63 51,41 51,66 52,15 51,49 -0,69
BPAC11 BTGP BANCO UNT 42,00 41,71 42,00 42,26 42,15 -0,71
ASAI3 ASSAI ON 10,92 10,80 10,90 11,02 10,90 -0,82
RENT3 LOCALIZA ON 43,25 42,88 43,17 43,68 43,15 -0,83
BBAS3 BRASIL ON 21,36 21,10 21,25 21,37 21,26 -0,84
BBDC4 BRADESCO PN 16,53 16,40 16,51 16,65 16,40 -0,85
ISAE4 ISA ENERGIA PN 23,11 22,86 22,95 23,12 22,90 -0,95
SMFT3 SMART FIT ON 24,09 23,90 24,19 24,37 24,18 -0,98
SLCE3 SLC AGRICOLA ON 18,00 17,69 17,80 18,03 17,80 -1,00
BBSE3 BB SEGURIDADE ON 35,22 34,83 35,02 35,31 35,05 -1,02
SBSP3 SABESP ON 113,66 113,15 113,79 114,73 113,68 -1,07
ELET3 ELETROBRAS ON 39,95 39,39 39,69 40,11 39,75 -1,22
PRIO3 PETRORIO ON 41,72 40,83 41,12 41,92 41,03 -1,28
CPFE3 CPFL ENERGIA ON 40,24 39,79 40,05 40,33 39,92 -1,33
ELET6 ELETROBRAS PNB 44,25 43,44 43,81 44,25 43,86 -1,35
ITSA4 ITAUSA PN 10,80 10,70 10,75 10,83 10,74 -1,38
SANB11 SANTANDER BR UNIT 29,56 29,02 29,16 29,56 29,24 -1,38
TOTS3 TOTVS ON 41,62 40,81 41,16 41,99 41,34 -1,38
CMIG4 CEMIG PN 10,41 10,25 10,33 10,42 10,32 -1,43
CPLE6 COPEL PNB 12,51 12,32 12,40 12,56 12,42 -1,43
GGBR4 GERDAU PN 16,00 15,69 15,78 16,02 15,86 -1,43
LREN3 LOJAS RENNER ON 19,22 18,99 19,14 19,43 18,99 -1,56
PETZ3 PETZ ON 3,98 3,82 3,90 4,03 3,90 -1,76
TIMS3 TIM ON 20,97 20,67 20,85 21,10 20,83 -1,79
ITUB4 ITAU UNIBANCO PN 37,10 36,44 36,69 37,14 36,58 -1,80
MOTV3 MOTIVA SA ON NM 13,45 13,38 13,51 13,63 13,48 -1,82
VIVA3 VIVARA ON 25,25 24,66 24,89 25,26 24,86 -1,82
EGIE3 ENGIE BRASIL ON 43,15 41,95 42,70 43,41 42,75 -1,84
ENEV3 ENEVA ON 13,93 13,80 13,89 14,06 13,80 -1,85
GOAU4 GERDAU MET PN 8,90 8,72 8,77 9,00 8,76 -1,90
MULT3 MULTIPLAN ON 27,05 26,57 26,73 27,19 26,57 -1,96
CMIN3 CSN MINERACAO ON 4,90 4,80 4,86 4,92 4,80 -2,04
RDOR3 REDE D OR ON 34,96 34,43 34,66 35,39 34,61 -2,18
FLRY3 FLEURY ON 13,07 12,88 13,00 13,18 12,88 -2,20
ENGI11 ENERGISA UNT 46,77 45,62 46,21 47,03 46,00 -2,25
EQTL3 EQUATORIAL ON 35,61 35,00 35,28 35,79 35,19 -2,25
AURE3 AUREN ON 10,06 9,94 10,03 10,17 9,94 -2,26
HYPE3 HYPERA ON 27,85 26,83 27,37 28,17 27,36 -2,29
VIVT3 TELEF BRASIL ON 30,33 29,84 30,12 30,59 29,84 -2,29
CYRE3 CYRELA REALT ON 25,49 25,07 25,28 25,59 25,15 -2,44
CVCB3 CVC BRASIL ON 2,36 2,33 2,36 2,40 2,34 -2,50
RECV3 PETRORECSA ON 14,72 14,24 14,44 14,80 14,33 -2,52
UGPA3 ULTRAPAR ON 17,13 16,95 17,18 17,37 16,95 -2,59
ABEV3 AMBEV S/A ON 13,40 13,10 13,22 13,47 13,15 -2,66
MRVE3 MRV ON 5,95 5,79 5,84 5,98 5,79 -2,69
CSAN3 COSAN ON 7,06 6,87 6,96 7,16 6,87 -3,38
BRFS3 BRF SA ON 20,75 19,97 20,15 20,79 20,01 -3,57
SMTO3 SAO MARTINHO ON 18,60 17,74 18,22 18,90 17,87 -3,77
PCAR3 P.ACUCAR – CBD ON 3,07 2,96 3,02 3,09 2,97 -4,19
MRFG3 MARFRIG ON 23,75 22,76 23,09 23,85 22,76 -4,25
USIM5 USIMINAS PNA 4,12 4,00 4,06 4,16 4,02 -4,29
BRKM5 BRASKEM PNA 9,34 9,00 9,13 9,39 9,00 -4,46
AZZA3 AZZAS 2154 ON 40,19 38,51 39,54 40,55 38,52 -4,58
BRAV3 BRAVA ON 18,59 17,52 17,90 18,62 17,60 -4,76
CSNA3 SID NACIONAL ON 7,61 7,24 7,34 7,61 7,25 -4,98
HAPV3 HAPVIDA ON 37,50 35,44 35,99 37,70 35,77 -5,52

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O presidente da Câmara dos deputados, Hugo Motta, durante coletiva à prensa — Foto: Lula Marques / Sucursal Brasil

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