Esses ETFs de commodities já renderam mais de 10% neste ano. Vale investir?

Para quem não sabe, os Exchange Traded Funds (também chamados de ETFs) são fundos de gestão passiva que replicam índices de ações, de commodities ou de renda fixa da bolsa brasileira ou das estrangeiras e são negociados por meio do home broker da corretora. Ou seja, o investidor pode investir neles porquê se estivesse comprando uma ação. Uma vez que eles acompanham índices já prontos, os gestores têm menos trabalho e, assim, esses fundos costumam ter baixa taxa de gestão. Portanto, são um dos instrumentos mais baratos e fáceis para variar a carteira de investimentos.

O levantamento da Quantum Finance mostrou que, até fevereiro, o ETF CORN 11, que acompanha um índice do porvir de milho da B3, registrava subida de 13,95% no ano. No mesmo período, o BBOI11, que acompanha o índice porvir de boi gordo da B3, tinha valorização de 11,69%.

Segundo dados do site ETFs Brasil, o CORN11 tem um patrimônio líquido de R$ 35,48 milhões e sua taxa de gestão é de 0,45%. O ETF, no entanto, não é um dos mais populares da bolsa: segundo o ETFs Brasil, são 1,8 milénio cotista e a negociação diária média é de R$ 70 milénio, de tratado com o site.

O BBOI11, por sua vez, tem uma popularidade um pouco maior. São R$ 60,42 milhões de patrimônio líquido e o fundo também tem taxa de gestão de 0,45%. Já o número de cotistas é de 4,2 milénio e a negociação média diária é de R$ 140 milénio.

É importante estar discreto ao número de cotistas porque isso pode trazer uma pista sobre a liquidez de um resultado. Trocando em miúdos: se há poucos cotistas, existem poucas pessoas comprando e vendendo as cotas, o que pode dificultar a vida de quem investiu e depois quer resgatar o numerário aplicado, mas não consegue por “falta de quem compre”.

Para se ter uma teoria, alguns dos ETFs com o maior número de cotistas da bolsa são o IVVB11, que acompanha o índice S&P 500, da bolsa americana e reúne 175 milénio investidores; o HASH11, que acompanha o mercado de criptoativos e tem 127 milénio cotistas e o BOVA11, que segue o Ibovespa e tem 95 milénio investidores.

Além do CORN11 e do BOI11, outros ETFs acumulam altas significativas em 2025. É o caso do XINA11, que acompanha o desempenho das médias e grandes empresas chinesas e subiu 8,49% no ano. Esse ETF tem um patrimônio líquido de R$ 261,6 milhões, além de 28,5 milénio cotistas e R$ 13,68 milhões de negociação diária média.

O XINA11, inclusive, foi o segundo ETF que mais subiu em fevereiro, com subida de 11,19%. O primeiro lugar foi o próprio CORN11, com subida de 13,20%.