Estrangeiros acumulam 10º pregão de saques em meio à guerra tarifária
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Os investidores estrangeiros acumularam dez pregões de saques na bolsa brasileira na sexta-feira (11). A fuga de capitais tem sido atribuída principalmente à intensificação da guerra tarifária entre Estados Unidos e China, que reacendeu temores sobre o prolongamento da economia global e afetou negativamente o gosto por risco em mercados emergentes.
Segundo dados da B3, unicamente na última sexta, os estrangeiros retiraram murado de R$ 686,5 milhões da bolsa brasileira na sexta, dia em que o Ibovespa subiu 1,05%. O movimento vem escoltado de poderoso volatilidade no mercado, com o Ibovespa oscilando em meio a incertezas externas e frustrações com o ritmo de recuperação econômica interna.
Ainda de harmonia com a B3, no reunido do mês, a categoria registra um saldo negativo de R$ 8,6 bilhões. No ano, porém, há superávit de R$ 1,9 bilhões.
Já o investidor institucional aportou R$ 645,7 milhões na mesma data. Assim, o superávit mensal da categoria chega a R$ 4,2 bilhões. No ano, porém, o saldo é negativo em R$ 5,9 bilhões. O investidor individual, por sua vez, retirou R$ 27,9 milhões na sexta-feira, levando o saldo positivo em abril para R$ 2,8 bilhões e o de 2025 para R$ 4,2 bilhões.
O tecido de fundo para a debandada de capital estrangeiro é a recente escalada nas tensões comerciais entre Washington e Pequim. O governo dos EUA, sob poderoso pressão de setores industriais, voltou a impor tarifas adicionais sobre produtos tecnológicos chineses, alegando práticas comerciais desleais e preocupações com segurança vernáculo.
Em resposta, a China anunciou um novo pacote de tarifas retaliatórias sobre produtos agrícolas e automotivos americanos. A tensão aumentou depois que as negociações bilaterais fracassaram na última rodada de encontros, frustrando expectativas de um harmonia iminente e reacendendo temores de uma guerra mercantil prolongada.
Para os investidores, a possibilidade de uma desaceleração econômica global impulsionada por barreiras comerciais afeta diretamente os mercados emergentes, porquê o Brasil, que dependem do prolongamento da demanda chinesa por commodities e da segurança nas cadeias globais de produção.
Com informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor
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