ETF de ações globais sem EUA e que distribui dividendos chega à bolsa

As companhias são de setores variados, porquê tecnologia, saúde, industrial, financeiro e consumo. As empresas com maior peso no portfólio são a ASML, operário de máquinas para produzir semicondutores da Holanda, a SAP, criadora de softwares de gestão de companhias da Alemanha, e a Nestlé, empresa de vitualhas e bebidas da Suíça.

A volubilidade geográfica e setorial procura reduzir riscos e suavizar a volatilidade das carteiras brasileiras. O novo resultado é inspirado no ETF americano IEFA, referência mundial em investimentos internacionais, da gestora BlackRock.

Desde que Donald Trump voltou ao poder nos Estados Unidos, os investidores do mundo todo aumentaram a procura por ETFs que compram ações de diferentes países. A teoria é variar a carteira de aplicações estrangeiras e procurar retornos maiores em meio às incertezas sobre a economia americana.

“Depois anos de desempenho potente das ações americanas, os mercados desenvolvidos além dos Estados Unidos ficaram mais atrativos. O potencial de retorno é maior”, afirma Renato Nobile, gestor e comentador da Buena Vista Capital.

O fundo procura fazer pingar um dinheirinho na conta do investidor todo mês e uma potencial valorização em prazos longos. A teoria é gerar um dividend yield, ou seja, um rendimento equivalente a até 9% ao ano. A Buena Vista Capital usa uma estratégia complexa para partilhar dividendos “sintéticos”, ou seja, cria artificialmente esse quantia que pinga todo mês na conta do investidor.

A estratégia complexa é chamada de “covered call” e é mais popular nos Estados Unidos do que no Brasil. A gestora negocia opções (contratos financeiros que selam um consonância de compra e venda de um ativo no porvir), para transformar a volatilidade dos investimentos em dividendos.

A Buena Vista Capital é uma gestora pequena, que tem quase R$ 800 milhões sob gestão e está se especializando em ETFs. Nascente é o 11º fundo dessa modalidade lançado pela gestora.

Os ETFs são investimentos menos conhecidos ainda no Brasil, mas estão se popularizando aos poucos no país. Esses fundos podem ser negociados porquê uma ação na bolsa, por meio das corretoras e dos bancos, e são uma opção para variar os investimentos de maneira simples e barata.

Atualmente, a bolsa brasileira conta com 32 ETFs de renda variável internacional. O mais sabido é o com o código IVVB11, da gestora BlackRock, que acompanha o indicador S&P500.

Os analistas aconselham que uma fatia pequena do portfólio esteja investida no exterior para acessar empresas que não existem no país, se proteger investindo em dólar e, quem sabe, ter remunerações maiores. Todavia, os investimentos de renda variável não são para os investidores conservadores, que não aceitam passar riscos de perder quantia.