ETFs de ethereum (ETH) colocam bitcoin (BTC) para manducar poeira. Vale investir?

Primeiro de tudo, é preciso explicar que os ETFs são um dos instrumentos mais baratos e fáceis para variar a carteira de investimentos, tanto em classes de ativos diferentes uma vez que em países distintos também. Eles são fundos de gestão passiva que replicam índices da bolsa, sejam eles de ações brasileiras, estrangeiras, renda fixa, criptomoedas e até ouro. Ou seja, o investidor pode investir neles por meio do home broker das corretoras uma vez que se estivesse comprando uma ação. Porquê eles acompanham índices já prontos, os gestores têm menos trabalho e, assim, esses fundos costumam ter baixa taxa de governo.

No mês de maio, o fundo ETHE11, gerido pela Hashdex, teve subida de 41,73% e ficou em primeiro lugar entre os ETFs com a maior valorização. O resultado acompanha o índice Nasdaq Ether Reference Price, que visa indicar o preço final de referência para o ether, e tem taxa de governo de 0,7% ao ano. O fundo conta com R$ 329,5 milhões de patrimônio líquido e 16,7 milénio cotistas.

O segundo ETF de maior rendimento em maio também é ligado ao ether. O QETH11, gerido pela QR Asset Management, acompanha o índice CME CF Ether-Dollas Reference Rate, projetado para refletir o preço de referência quotidiano do ether. A taxa de governo, nesse caso, é de 0,7% ao ano. Já o patrimônio líquido é de R$ 128,1 milhões e o número de cotistas é de 11,5 milénio.

A possante valorização do ethereum veio posteriormente a atualização Pectra da sua rede blockchain, que foi feita no prelúdios de maio para melhorar o desempenho em graduação. Essa atualização trouxe melhorias importantes, uma vez que maior eficiência no staking. Esse processo é quando um investidor “trava” uma quantidade determinada de moedas digitais em uma rede blockchain para ajudar a validar e registrar novas transações na rede. Em troca, ele recebe recompensas, normalmente na forma da mesma criptomoeda.

Uma blockchain é uma rede de computadores, com dados criptografados, em que os registros são públicos e invioláveis. Portanto, funciona uma vez que se fosse um “livro de caixa” criptografado, no qual todas as transações são registradas lá de forma permanente. Para que isso seja feito, existem esses validadores da rede, que zero mais são do que os computadores (programados por pessoas, evidente) que verificam as novas transações que chegam e registram ela no sistema.

Mas finalmente, vale a pena investir nesses ETFs?

Investir em um ETF de criptomoeda ao invés de comprar o ativo diretamente traz algumas vantagens uma vez que a praticidade de investir no resultado diretamente pela bolsa e a segurança de estar exposto aos ativos digitais por meio de um mercado com mais regulações (uma vez que é o dos ETFs e ativos negociados em bolsa).

Por outro lado, comprar a criptomoeda diretamente pode ter custos menores, já que nos ETFs paga-se uma taxa de governo. Mas isso também depende do dispêndio cobrado por cada exchange (nome oferecido às corretoras de criptomoedas). É importante lembrar ainda que, o investimento direto exige mais conhecimento técnico e atenção à segurança.

Ou por outra, ao investir em ETFs, é sempre importante estar cauteloso ao número de cotistas porque isso pode trazer uma pista sobre a liquidez de um resultado. Trocando em miúdos: se há poucos investidores com quantia aplicado nele, significa que existem poucas pessoas comprando e vendendo as cotas. Isso pode dificultar a vida de quem investiu e depois quer resgatar o quantia aplicado, mas não consegue por “falta de quem compre”.

Veja quais ETFs mais renderam em maio