Exposição virtual de 30 anos do real

​​A exposição “30 anos do real – 10 perguntas e respostas curiosas para celebrar a data”, com curadoria e imagens do acervo do Museu de Valores do Banco Central, está acessível no Google Arts&Culture.

 Em 2025, o público pode esperar por mais novidades da autarquia monetária na plataforma Google. 

 "Estamos organizando outras duas exposições, para celebrar os 60 anos do Banco Central e os 200 anos do nascimento do D. Pedro II", disse Karla Valente, chefe do Museu de Valores do Banco Central.

Por enquanto, os visitantes podem aproveitar a exposição virtual dos 30 anos do real, que proporciona conhecimento de peculiaridades e curiosidades sobre a moeda brasileira. O beija-flor na moeda de 25 anos do real, por exemplo, foi escolhido para simbolizar a estabilidade da moeda, porque o pássaro consegue se manter em voo enquanto se alimenta da seiva das flores. 

Ao longo da história das cédulas e moedas do real, as figuras históricas foram substituídas por animais, o que diferenciou as novas notas e solucionou a dificuldade de obter, em curto prazo, autorizações de uso de imagem de pessoas históricas. Além disso, a mudança representou uma oportunidade para promover a proteção da fauna e da flora brasileiras.

Entre as explicações apresentadas no formato de perguntas e respostas, destaca-se que o nome “real” foi um resgate do nome da primeira moeda em circulação no Brasil, que se popularizou pelo plural “réis”. O termo também buscava transmitir uma associação positiva com o que é verdadeiro: “O dinheiro real é pra valer! Não é ilusório nem fictício”. 

A exposição reforça ainda a importância de cédulas e moedas como documentos históricos e registros de uma época. Dá para saber, por exemplo, quem era o ministro da Fazenda ou o presidente do banco quando determinada cédula foi emitida. Como ilustração, cita que dezesseis cédulas de R$50 trazem as assinaturas dos doze ministros da Fazenda e dos nove presidentes do Banco Central nos 30 anos de real. 

Microimpressões 

Embora as cédulas de real circulem de mão em mão, há uma série de elementos de segurança quase imperceptíveis que são desconhecidos pela maioria dos brasileiros. Em “Você consegue ver?”, o visitante é orientado a identificar a microimpressão de letras bem minúsculas inseridas na cédula, geralmente em torno da figura da República, nas ilustrações dos animais e dentro dos números.

Outra curiosidade pouco conhecida é que, para o lançamento do real, parte das cédulas foi produzida no exterior. Os nomes ou siglas das empresas que fabricaram as cédulas podem ser vistos em letras pequenas, num dos cantos das cédulas de R$5, R$10 e R$50. As de R$1 e de R$100 foram produzidas pela Casa da Moeda.

Moedas comemorativas
Para celebrar os 30 anos do real, foi lançada no ano passado a moeda comemorativa de R$ 1, que se junta a outras 22 edições especiais em reconhecimento a algum fato histórico e personalidades. A moeda comemorativa do Cinquentenário da Declaração dos Direitos Humanos foi a primeira da série de lançamentos. 

Outros momentos especiais ganharam edições, como o Centenário do Voo do 14 Bis, os 500 anos de Descobrimento do Brasil e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. Personalidades famosas também receberam homenagens, como JK e o cantor Ary Barroso, nos centenários de seus nascimentos, e o corredor de F1 Ayrton Senna. 

Para quem não é colecionador habituado com valores, o tour ajuda a entender os diferentes valores das moedas. Há o valor nominal, que é o indicado na cunhagem; o valor intrínseco, relacionado ao material usado na fabricação; e o valor numismático, definido por raridade, estado de conservação e demanda. Um exemplo é a moeda de R$5 lançada em homenagem aos 300 anos de Ouro Preto, parte da série Cidades Patrimônio da Humanidade. Fabricada com 27 gramas de prata, foi vendida a R$140 na época do lançamento. 

Quer saber mais? Acesse 30 anos do real — Google Arts & Culture.