Fitch rebaixa nota do BRB e alerta para riscos em seguida liquidação do Master
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A Fitch Ratings rebaixou nesta terça-feira (25) as notas de crédito do Banco de Brasília (BRB) para o nível “CCC”, tanto no rating internacional quanto no rating pátrio, mantendo ainda a reparo negativa. Na prática, isso significa que a dependência vê hoje um risco muito saliente de inadimplência da instituição.
Outrossim, a Fitch retirou a nota de “suporte do controlador”, que indicava uma expectativa de ajuda do governo do Província Federalista, e atribuiu ao banco a classificação de “sem suporte”, sinalizando que não conta mais com um resgate automático por secção do governo.
O que motivou o rebaixamento
Segundo a Fitch, o principal motivo da decisão foi o potente esgotamento da governança e dos controles internos de risco do BRB, em seguida o encolhimento de dois diretores por norma da Justiça.
As investigações envolvem carteiras de crédito supostamente fraudulentas adquiridas do Banco Master, que foi liquidado extrajudicialmente no último dia 18 de novembro. Na avaliação da dependência, há dúvidas relevantes sobre a real qualidade desses ativos, e as apurações ainda podem gerar impactos importantes no balanço, no capital e na reputação do BRB.
A Fitch destaca que o CEO e o CFO foram afastados e posteriormente destituídos, e que o parecer de governo contratou uma auditoria externa independente para apurar a extensão dos problemas. Enquanto essa apuração não é concluída, a nota de crédito pode voltar a ser alterada.
O que quer expressar uma nota “CCC”
A nota de crédito “CCC” indica que o banco segue funcionando normalmente neste momento, mas está em uma situação de potente fragilidade. Isso significa que ele ficou muito mais sensível a qualquer notícia negativa ou piora do cenário econômico.
A Fitch afirma que o BRB continua honrando seus compromissos por enquanto, mas reconhece que o risco de problemas aumentou de forma significativa.
A dependência destaca que ainda não é verosímil prezar o tamanho das eventuais perdas. Porquê o BRB já operava com uma folga de capital considerada limitada, a Fitch não descarta que o banco precise de um reforço de capital ou de um projecto de recapitalização mais adiante.
Segundo a Fitch, o comportamento recente do mercado já mostra aumento da suspicácia em relação ao BRB. Os investidores passaram a exigir juros maiores em alguns papéis, houve aumento das vendas no mercado secundário e maior cautela nas aplicações ligadas ao banco.
Apesar de os atendimentos aos clientes e as operações seguirem funcionando normalmente, a dependência alerta que o banco agora está mais sujeito a pressões sobre captação de recursos, possíveis saídas de depósitos e encurtamento de prazos de financiamento.
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