Gestores aumentam aposta em namoro de juros, mas continuam cautelosos com bolsa
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Os gestores de fundos multimercados aumentaram as apostas de que cairão os juros nominais (a Selic, a taxa de referência para a economia) e reais (que descontam a inflação) no país, aponta um estudo feito pela vivenda de análises Empiricus com 40 gestoras de recursos. Mas, as apostas na subida das ações brasileiras continuaram estáveis, o que pode ser um ponto de atenção para os investidores mais otimistas com a bolsa.
O sentimento em relações aos juros nominais e reais está quase otimista. Já o sentimento em relação às ações brasileiras continua neutro. O levantamento foi feito entre os dias 2 e 8 de maio, com os gestores dos fundos que conseguem apostar em altas e baixas de diferentes investimentos no mundo e no Brasil.
A vivenda perguntou também aos gestores de multimercados sobre o seu sentimento em relação a indicadores da economia brasileira. O sentimento em relação às contas do governo e à inflação seguiu pessimista. Porém, o sentimento melhorou para o desenvolvimento da atividade econômica para um nível perto de otimista.
O Ibovespa já subiu mais de 15% neste ano e 2% em maio. O momento tem sido positivo para as ações brasileiras, com a expectativa de que o término da subida da Selic está próximo, aliada a um movimento de rotação mundial dos investimentos.
A leitura da maioria do mercado é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Médio indicou o término do ciclo de subida de juros, neste momento em 14,75% ao ano, na ata divulgada nesta semana. A ata do Copom reforçou a sensação de que a Selic se manterá nesse nível por um período prolongado. Mas, economistas ponderam que há espaço para uma subida suplementar em junho, se surgirem sinais de reaceleração da inflação ou da economia.
Nos Estados Unidos, a possante turbulência tarifária tem levado os investidores globais a deixarem os EUA e migrarem para outros países, uma vez que o Brasil. Mas, o pacto entre a China e os Estados Unidos contribuiu para desapoquentar o pânico de recessão e influenciar os bancos a adiarem as apostas de cortes de juros nos EUA. Uma segmento do mercado duvida que esse fluxo seguirá vindo nos próximos meses para a bolsa brasileira, caso os Estados Unidos gradualmente normalizarem.
Ou por outra, o Brasil também tem seus desafios, uma vez que os gastos do governo, a inflação e os resultados das empresas da bolsa, que devem tolerar efeitos do ciclo de subida de juros, o que pode prejudicar a valorização das ações.
Qual o sentimento em relação à bolsa americana?
A Empiricus perguntou também sobre o sentimento em relação aos Estados Unidos. Aumentaram as apostas na queda da bolsa americana e na queda dos juros dos papéis do Tesouro dos EUA mais curtos, de dois anos. As apostas para os juros dos títulos de prazo mais longo, de 10 anos, continuaram estáveis. Ou por outra, ficaram maiores as apostas na queda do dólar em relação a países emergentes, uma vez que o Brasil, e desenvolvidos.
O sentimento em relação contas do governo, à inflação e ao desenvolvimento da atividade econômica nos Estados Unidos seguiu pessimista. Porém, o sentimento que mais piorou foi o para as contas do governo.
É hora de aumentar os investimentos de risco?
Neste mês, uma segmento dos gestores aumentou os investimentos de risco. Nos próximos seis meses, a maioria (52%) dos gestores deve aumentar o nível de risco do portfólio dos fundos. Mas, um grande grupo (45%) planeja seguir no mesmo nível de risco. Somente 3% pretendem diminuir o nível de risco.
A vivenda perguntou qual a verosimilhança de uma recessão nos próximos seis meses nos Estados Unidos. A maioria (61%) prevê que o risco é entre 25% e 50%. Em seguida, 21% dos gestores acham que a verosimilhança é de menos de 25%. Os demais gestores (18%) pensam que o risco é de mais de 50%.
Na estudo dos gestores, os principais riscos para os mercados globais atualmente são, nessa ordem, a desaceleração econômica, o desequilíbrio fiscal, a deterioração nas relações comerciais e a escalada de conflitos geopolíticos.
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