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Gigantes de Tech perdem protagonismo e ações 'desconhecidas' lideram altas no ano, com folga

Gigantes de Tech perdem protagonismo e ações 'desconhecidas' lideram altas no ano, com folga

Gigantes de Tech perdem protagonismo e ações 'desconhecidas' lideram altas no ano, com folga

Gigantes de Tech perdem protagonismo e ações 'desconhecidas' lideram altas no ano, com folga

As Sete Magníficas, nome oferecido ao grupo das empresas mais valiosas do mundoApple, Microsoft, Amazon, Alphabet (Google), Meta (Facebook), Nvidia e Tesla — seguem uma vez que os BDRs (recibos de ações negociados na B3 que “espelham” papéis estrangeiros no mercado sítio) mais negociados da bolsa brasileira, a B3. No entanto, os papéis estão distantes dos maiores ganhos do ano, segundo um levantamento feito pela Quantum Finance. O ranking é liderado por empresas menos conhecidas, mas que estão nos holofotes do mercado por outros motivos, que não o ‘boom’ da Lucidez Sintético.

Em outubro, Nvidia (NVDC34) ocupou o lugar no ranking, com 225,9 milénio negócios, seguida por Amazon (AMZO34) em 6º, com 192,4 milénio, Tesla (TSLA34), com 138,9 milénio em 9º, e Microsoft (MSFT34) em 10º, com 107,8 milénio. Porém, embora o gosto do investidor brasiliano por papéis de tecnologia global siga cimeira, outros setores entregaram retornos muito superiores no período, segundo o levantamento.

Isso porque os retornos das big techs não está dos melhores: de janeiro a outubro, Nvidia valorizou somente 27,7%, Alphabet, 26,7%, e Microsoft, 5,1%, enquanto Meta, Tesla, Amazon e Apple registraram quedas entre 4% e 6%, enquanto os melhores desempenhos no périodo ficaram com ações menos conhecidas: MP Materials (M2PM34), Sibanye Stillwater (S1BS34) e QuantumScape (Q2SC34), com altas superiores a 170% no período.

Desempenho das Sete Magníficas e de outros BDRs da B3

Nome Ticker Retorno 2025 02/01/2025 até 31/10/2025
NVIDIA CORP – NVDC34 NVDC34 27,72%
ALPHABET INC – GOGL34 GOGL34 26,75%
ALPHABET INC – GOGL35 GOGL35 26,71%
MICROSOFT CORPORATION – MSFT34 MSFT34 5,06%
META PLATFORMS, INC – M1TA34 M1TA34 -4,69%
TESLA, INC – TSLA34 TSLA34 -4,70%
AMAZONCOM, INC – AMZO34 AMZO34 -5,46%
APPLE INC – AAPL34 AAPL34 -5,76%
MP MATERIALS CORP – M2PM34 M2PM34 243,23%
SIBANYE STILLWATER LTD – S1BS34 S1BS34 181,35%
QUANTUMSCAPE CORP – Q2SC34 Q2SC34 174,31%
GOLD FIELDS LTD – G1FI34 G1FI34 166,25%
SEAGATE TECHNOLOGY HOLDINGS PLC – S1TX34 S1TX34 160,40%
AURA MINERALS INC – AURA33 AURA33 140,26%
TE CONNECTIVITY PLC – T1EL34 T1EL34 128,47%
MICRON TECHNOLOGY INC – MUTC34 MUTC34 126,34%
SOLAREDGE TECHNOLOGIES INC – S2ED34 S2ED34 126,16%
PALANTIR TECHNOLOGIES INC – P2LT34 P2LT34 125,78%
JABIL INC – J2BL34 J2BL34 115,18%
WESTERN DIGITAL CORP – W1DC34 W1DC34 113,17%
CLOUDFLARE INC – N2ET34 N2ET34 101,81%
WAYFAIR INC – W2YF34 W2YF34 99,49%
ARROWHEAD PHARMACEUTICALS INC – A2RR34 A2RR34 97,84%

Quem são as ‘desconhecidas’ que estão bombando?

A MP Materials é uma empresa que detém minas de terras raras, ponto que está no núcleo das discussões em todo o mundo, inclusive gerando atritos geopolíticos na disputa por minerais estratégicos, que são a nascente para diversas matérias-primas utilizadas no desenvolvimento de equipamentos e produtos de tecnologia.

Segundo Guilherme Morais, crítico de investimentos das carteiras internacionais da VG Research, a recente tensão geopolítica de EUA e China e a discussão sobre as restrições impostas da China exportar terras raras para os EUA, fez com que o governo americano indicasse um grande volume de investimentos para levante setor, incluindo para a MP Materials. “Ou seja, a MP Materials está no lugar patente e na hora certa, pois a demanda por seus produtos será cada vez maior”, detalha o crítico.

O papel da companhia possui recomendação de compra por secção do banco de investimento Jefferies e, recentemente, teve a recomendação elevada pelo J.P. Morgan uma vez que “supra da média”.

Segundo o JP. Morgan, a elevação na recomendação toma uma vez que base “a poderoso visibilidade de lucros da empresa”. Analistas do banco descrevem que investidores com foco no longo prazo devem “se sentir confortáveis em edificar posição em uma empresa respaldada pelo governo, com visibilidade de lucros incomparáveis” e onde o banco vê “potencial de subida nos próximos anos”.

“As preocupações de segurança vernáculo relacionadas às terras raras vieram para permanecer, apesar da pausa de um ano reportada pela China nas restrições de exportação — com riscos ainda presentes, mormente para a exposição militar. A integração vertical única da MP, da mina ao ímã, posiciona a empresa uma vez que a líder fora da China, preparada para iniciar imediatamente a atender essas preocupações”, diz o relatório divulgado na última sexta-feira (14).

A Sibanye-Stillwater atua com metais preciosos, sendo que a empresa se beneficiou do recente movimento de subida de diversos metais, em peculiar a platina e ouro.

Já a QuantumScape atua com o desenvolvimento de baterias para veículos elétricos e recentemente fechou parceria com a Volkswagem para fornecimento do resultado. “É uma empresa promissora, considerando que o uso de baterias tem sido cada vez maior“, diz Morais. “A empresa teve bons avanços tecnológicos divulgados, o que acabou reacendendo algumas expectativas”, complementa Tales Barros, líder de renda variável da W1 Capital.

O que aconteceu com as Big Techs?

Segundo Morais, as grandes empresas de tecnologia vêm, desde o ano pretérito, realizando investimentos cada vez maiores em data centers e no desenvolvimento de suas ferramentas de IA. Prova disso, diz o crítico, é que somente no terceiro trimestre deste ano a Microsoft realizou quase US$ 35 bilhões em investimentos, enquanto Amazon, Meta e Alphabet esperam investir em 2025 US$ 125 bilhões, US$ 70 bilhões e US$ 90 bilhões, respectivamente — com projeção de um volume ainda maior em 2026.

No entanto, apesar das perspectivas de que a IA será cada vez mais relevante para diversas aplicações e que seu uso será cada vez maior, o retorno de todo levante investimento ainda é considerado incerto.

“Ao longo de 2024 e em boa secção de 2025, principalmente desde abril, estas empresas apresentaram grandes retornos devido a expectativa de propagação destas empresas para os próximos anos. Entretanto, nas últimas semanas o mercado se fez as seguintes questões: qual será o retorno destes investimentos? Realmente as empresas precisam investir tanto em tão pouco tempo?“, indaga Morais.

Esta mudança de postura das empresas de tecnologia, que estão migrando de uma estrutura “asset light”, ou seja, de mais ligeiro para um protótipo de mais robusto e alavancado, traz um risco suplementar, caso o retorno destes investimentos seja menor do que o esperado.

Barros, da W1 Capital, também pondera que as empresas passaram a entregar resultados “um pouco menos impressionantes” em relação ao que o mercado esperava. Ele acrescenta também uma “rotação setorial” no meio de tudo isso, com as ‘techs’ passando a ser observadas em relação a principalmente preço.

“Ao longo deste ano vemos, por exemplo, com juros altos nos Estados Unidos e no Brasil, o investidor reduzindo a exposição em empresas de tecnologia, que são mais sensíveis a essa taxa de desconto, e migrando para setor cíclico, uma vez que commodities, até mesmo setor financeiro e saúde”, comenta Barros.

Outrossim, outras duas notícias impulsionaram o mercado a colocar em xeque o atual investimento em IA. A primeira foi o glosa recente de Michael Burry, importante investidor e gestor, que comentou que as empresas de tecnologia estão prolongando a menoscabo (redução do valor do muito ao longo do tempo) destes ativos por mais tempo do que a verdade. “Ou seja, segundo Burry, estes investimentos tendem a perder valor mais rapidamente do que o esperado, o que aumenta a premência de investimentos maiores, levando a retornos menores”, detalha o crítico da VG.

Soma-se à isso o veste de que recentemente o CDS, ou seja, o risco de calote, dessas empresas aumentou. “Por exemplo, o CDS da Microsoft saiu de 13 pontos base (bps) para 26 e da Oracle passou de 40 para quase 90 pontos base“. A justificativa deste movimento também é devido ao volume de investimentos feitos recentemente, embora o crítico ressalte que o nível do CDS das grandes empresas ainda permanece consideravelmente inferior, “sendo que o CDS da Microsoft pode ser comparado com o próprio CDS dos Estados Unidos”.

Fatores macroeconômicos em razão do shutdown (paralisação dos serviços dos EUA) que encerrou somente esta semana, além da redução da verosimilhança de golpe de juros em dezembro, também impulsionaram a queda dos papéis, segundo o crítico da VG.

holo Gigantes de Tech perdem protagonismo e ações 'desconhecidas' lideram altas no ano, com folga
— Foto: Getty Images

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