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Gleisi Hoffmann critica decisão do Congresso de votar projeto que derruba aumento do IOF

Gleisi Hoffmann critica decisão do Congresso de votar projeto que derruba aumento do IOF

Gleisi Hoffmann critica decisão do Congresso de votar projeto que derruba aumento do IOF

Gleisi Hoffmann critica decisão do Congresso de votar projeto que derruba aumento do IOF

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, voltou a criticar a decisão da Câmara dos Deputados de colocar em votação hoje um projeto de decreto legislativo (PDL) que revoga o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Na visão da ministra, o PDL não tem “base jurídica” e obrigará o governo a enaltecer tanto o bloqueio quanto o contingenciamento das contas públicas em aproximadamente R$ 10 bilhões — passando dos atuais R$ 31 bilhões para murado de R$ 41 bilhões.

Num apelo para que os deputados recuem da crítica do PDL, Gleisi disse que outra consequência será a verosímil “paralisação” de programas sociais uma vez que Auxílio-Gás e Minha Mansão, Minha Vida.

“Não há qualquer base jurídica para o PDL […]. A derrubada do decreto reduzirá a receita de 2025 em R$ 10 bilhões, colocando em risco o cumprimento da meta de resultado primordial em 2025. Para 2026, a derrubada do decreto pode dificultar a meta de resultado primordial em R$ 30 bilhões”, explicou a ministra, por meio de suas redes sociais, antes de mencionar as cifras previstas para o bloqueio e contingenciamento de contas.

“Para ressarcir essa perda de receita, o bloqueio e contingenciamento, que já é de R$ 31 bilhões, terá que ser ressaltado para R$ 41 bilhões, resultando em risco de paralisação de programas uma vez que Auxílio Gás, Assistência Social, Minha Mansão Minha Vida, Pé de Meia, entre outros”, escreveu.

A ministra lembrou, em seguida, que qualquer tipo de contingenciamento e bloqueio atingirá, por tábua, as chamadas emendas parlamentares. Nas contas do governo, será necessário um contingenciamento suplementar R$ 2,7 bilhões em emendas somente em 2025, “somando-se aos R$ 7,1 bilhões já contidos, resultando no totalidade de R$ 9,8 bilhões”. Já em 2026, a derrubada do decreto resultará “na perda de R$ 7,1 bilhões para as emendas parlamentares”.

Gleisi já havia alertado, em entrevista ao Valor, que a votação do PDL aumentaria o montante a ser contingenciado pela equipe econômica. Na ocasião, ela também citou a “consequência” para as emendas.

“Se o pacote fiscal for derrubado, nós vamos aumentar o contingenciamento e o bloqueio [do Orçamento]. Isso seria ruim também para o Congresso com as emendas, que são também submetidas a bloqueio e contingenciamento”, explicou a dirigente da SRI na entrevista em questão. “Os congressistas aprovaram essas regras, logo bate cá e bate lá.”

Mais cedo, a ministra da SRI se reuniu com integrantes da base aliada, no Palácio do Planalto, justamente para discutir o risco iminente de a Câmara dos Deputados confirmar o PLD hoje. A decisão do presidente da Mansão, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar a proposta foi anunciada ontem, pouco antes da meia-noite, e surpreendeu o Palácio do Planalto.

Além de Gleisi, o encontro contou com as presenças dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Da segmento da base aliada, participaram os líderes do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), e do PSD na Câmara, Antônio Brito (PSD-BA).

Ainda que a reunião tenha ocorrido em caráter emergencial — já que não estava prevista inicialmente —, o Valor apurou que o cenário na cúpula do governo é de resignação. Neste sentido, os integrantes do Planalto admitem que dificilmente o governo conseguirá evitar uma rota. O motivo é que o requerimento de urgência do PDL já foi autenticado por larga maioria dos deputados na semana passada. O único consenso é que a gestão petista irá precisar fazer a “disputa política”.

Levante teor foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.

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Ministra Gleisi Hoffmann — Foto: Antonio Cruz/Dependência Brasil

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