Governo Lula é mal estimado por 43%, e 25% acham ótimo ou bom, diz pesquisa Ipsos-Ipec

É importante lembrar que sinais de uma crescente desaprovação ao governo atual tendem a aumentar o gosto por risco no Brasil. Isso porque cresce a expectativa de uma verosímil troca de governo e, na visão de muitos investidores, essa eventual mudança traria uma gestão mais comprometida com a responsabilidade fiscal.

Ou por outra, há a percepção de que, diante da queda na popularidade, o próprio governo atual também pode adotar medidas mais assertivas de ajuste nas contas públicas para melhorar sua posição na disputa eleitoral. Por isso o mercado financeiro monitora de perto esse tipo de levantamento.

Segundo a pesquisa, desempenho do terceiro procuração do presidente Lula teve oscilação dentro da margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Em março, a avaliação negativa foi de 41% e a positiva, 27%. O percentual de regular foi de 30%. Quem não respondeu ou disse não saber somou 2% agora, na presença de 1% há três meses.

O instituto ouviu presencialmente 2.000 pessoas em 132 municípios entre os dias 5 e 9 de junho. A margem de erro é de 2 pontos e o nível de crédito, 95%.

Lula teve melhor desempenho entre eleitores da região Nordeste (com 38% de ótimo ou bom) e entre quem declarou voto nele em 2022 (53%). O cenário se inverte com pessoas que declararam voto em Jair Bolsonaro (PL), recorte em que a avaliação negativa salta para 75%. O segundo pior desempenho, com 59% de ruim ou péssimo, é entre pessoas com renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos.

A aprovação e desaprovação à maneira porquê Lula administra o país indicou firmeza. A desaprovação repetiu os 55% verificados em março. A aprovação oscilou de 40% para 39%. Não sabem ou não responderam 6%, na presença de 4%.

Teor publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.