Ibovespa cai em véspera de decisão de juros e de olho em conflito entre Irã e Israel

No fechamento, as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) avançaram 2,95%, a R$ 35,95, enquanto as preferenciais (PETR4) subiram 2,27%, negociadas a R$ 32,94. Ambas seguiam o movimento de subida do petróleo, à medida que as tensões geopolíticas no Oriente Médio escalam. Novos ataques de Israel com o Irã foram reportados pela mídia dos dois países hoje, levando o conflito ao quinto dia seguido de ofensivas.

Quem liderou as perdas do dia foram as ações da Usiminas (USIM5), depois o rebaixamento do papel por segmento do Itaú BBA; mineradoras e siderúrgicas também caem em conjunto na sessão.

Os investidores avaliam a divulgação das vendas do varejo em meio nos Estados Unidos, antes da decisão de juros do Federalista Reserve (Fed, o banco mediano dos EUA) nesta quarta-feira (18). Ainda no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) também divulgará os juros amanhã.

A incerteza é se haverá uma novidade subida na Selic, para o patamar de 15% ao ano, ou se o lucro substancial continuará inalterado nos atuais 14,75% ao ano, o que configuraria o fechamento do ciclo de subida que começou em setembro de 2024. Ontem, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de abril supra do esperado estimulou apostas em uma subida de juros nesta quarta-feira.

Os investidores acompanham no Brasil também a questão fiscal. O plenário da Câmara aprovou na noite de ontem, por 346 votos a 97, o requerimento de urgência para votação do projeto de decreto legislativo (PDL) que revoga o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

*Com Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.