Ibovespa emperra nos 155 milénio pontos: o que vai definir o termo de ano na bolsa?

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, emperrou. Faz quatro sessões que a carteira patina perto dos 155 milénio pontos.
Nesta terça (25), não foi dissemelhante.
O Ibovespa subiu 0,41% e ainda fechou a sessão nos 155.910 pontos. Na semana, teve lucro de 0,74% e, em novembro, acumula valorização de 4,36%. Neste ano, a subida do índice passa dos 29,6%.
A bolsa brasileira entrou em uma zona de correção. Depois da “vaga que quase nenhum brasílico surfou” no mercado sítio – o rali do primórdio deste mês -, já era esperado que o movimento comprador no Ibovespa perdesse ímpeto.
A bolsa brasileira até pode ser resgatada desse limbo, mas, para isso, depende de forças que movimentem o mercado financeiro. Seja lá em qual direção.
O giro financeiro do Ibovespa ficou em R$ 14 bilhões, 14% aquém da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,3 bilhões.
A decisão de dezembro
A trajetória do Ibovespa está mais atrelada do que nunca ao mercado financeiro nos Estados Unidos. Os estrangeiros sempre foram a maior força compradora do nosso mercado de ações, mas isso se exacerbou com a saída dos investidores locais do jogo.
Desde o início do ano, as posições de fundos de investimentos locais na bolsa brasileira beiram mínimas. Não exclusivamente a alocação em ações está historicamente baixa, mas também são raras as movimentações nas carteiras. Basicamente, a indústria de fundos vernáculo cruzou os braços na bolsa.
E porquê os humores dos estrangeiros estão atrelados à próxima decisão do Federalista Reserve (Fed, o banco mediano americano), o porvir do Ibovespa hoje pende sobre o sorte que os juros dos EUA ganharão na reunião de dezembro.
Neste sentido, a aposta é arriscada.
A taxa de Repositório Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 saiu de 13,56% para 13,51% ao ano. Prêmios em contratos de pequeno prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
No médio prazo, os retornos da taxa para janeiro de 2029 saiu de 12,80% para 12,74% ao ano.
Já para janeiro de 2036, a taxa oscilou de 13,36% para 13,33%. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.
Quase todos os dias das últimas semanas foram marcados por um (ou mais de um) diretor do Fed defendendo a sua visão para os juros nos EUA. O problema é que o comitê se mostrou altamente dividido, estremecendo as certezas de Wall Street.
De lá para cá, as apostas mudaram de direção algumas vezes e, desde o termo da última semana, formaram uma maioria perigosa: quase 85% do mercado nos EUA enxerga queda de 0,25 ponto percentual nas taxas do Fed em dezembro, de contrato com a utensílio FedWatch, do CME.
Mas essa crédito está baseada em indícios fracos, o que eleva o risco da aposta.
Os dados econômico e do mercado de trabalho americano estão saindo com demora e, até cá, não mostraram um espaço tão confortável para o Fed trinchar os juros com a segurança de que a inflação não sofrerá um repique.
E embora as preocupações com os valores de mercado das empresas de tecnologia não se afastem mais da cabeça dos investidores, a bateria de dados econômicos atrasados que deve transpor até a reunião de dezembro manterá o Fed no foco de Wall Street.
O dólar à vista recuou 0,35%, a R$ 5,38. Na semana, já caiu 0,46% e, no mês de novembro, está quase inabalável. Neste ano, a moeda americana ficou 13% mais barata para o brasílico.
No termo, as duas questões estão, de certa forma, interligadas. A bolha da Perceptibilidade Sintético dificilmente estourará enquanto o banco mediano mantiver a trajetória de cortes nas taxas de juros.
Logo se o Fed seguir a trilha traçada pelas expectativas no mercado financeiro, dará forças para a antecipação do horizonte de alívios na Selic, o que será um gatilho para a tomada de risco. Assim, pode se instaurar um rali na bolsa que emende com as festividades de termo de ano.
E nem mesmo as viradas do petróleo no exterior poderiam sustar a escalada do Ibovespa. Hoje mesmo, apesar da queda da Petrobras e das outras petroleiras, o índice conseguiu sustentar a subida.
Das 82 ações que compõem a carteira atualmente, 55 avançaram hoje.
Mas, do contrário, com o revés nas expectativas para a decisão do Fed, o baque pode ser duplo: agora que um incisão em dezembro já está amplamente incorporado aos preços, a queda dos ativos com a mudança de direção do mercado pode ser muito maior.
E se o bom humor dos estrangeiros esvanecer? O fortaleza de cartas que sustentou a bolsa do Brasil neste ano pode desmoronar.
Comportamento das ações do Ibovespa em 25/11/2025
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