Ibovespa entra em zona de baixa. Mas ainda tem espaço para lucrar moeda na bolsa

• O Ibovespa caiu 0,3%, aos 157.162 pontos. Na semana, acumula 2% de ganhos e, no mês, a subida está em 5,1%. Neste ano, o índice já subiu 30,66%.

Nesta sessão, o mercado de ações do Brasil acompanhou o sorte das bolsas de Novidade York, contaminadas pelo mau humor. O motivo é uma correção das apostas nas teses ligadas à Lucidez Sintético (IA) e outras tecnologias.

Com os preços muitos esticados e a desaceleração brusca das grandes economias, muitos gestores voltaram às planilhas para rever suas perspectivas para essas gigantes.

Esse tom mais realista que atinge o investidor nos EUA reduz o gosto ao risco em todos os mercados, fazendo com que todos tirem o pé do acelerador.

• Ainda assim, o giro financeiro do Ibovespa ficou em R$ 22,8 bilhões, 40% supra da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,3 bilhões.

“Essa queda [do Ibovespa], além de revérbero do aprofundamento da baixa das bolsas americanas, também tem influência do impacto concentrado de algumas empresas do índice que caíramm muito mais poderoso, uma vez que Hapvida e Banco do Brasil, e o setor de varejo de forma mais generalizada, em função das vendas fracas no setor mostradas no oferecido do IBGE. Aliás, temos um viés proveniente de realização de lucros por segmento de alguns agentes em seguida esse rali dos últimos dias”, diz Bruno Perri, sócio-fundador da Forum Investimentos.

• Das 82 ações que compõem a carteira atualmente, 51 fecharam no campo negativo hoje.

Embora o principal índice de ações do mercado tenha entrado em zona de baixa, em breve a euforia deve ser retomada.

Ao menos é o que prometem analistas e as perspectivas nas análises gráficas.

Um dos principais fatores para se tutorar que a bolsa brasileira ainda tem espaço para subir é o vestuário de que o investidor sítio está com posições perto das mínimas históricas.

Em outras palavras: o brasílio ainda não voltou para a bolsa. Mas deve voltar em um momento não muito distante.

Um gatilho para a compra de bolsa pelos investidores locais (principalmente os institucionais) é o envolvente para a queda da Selic. Quando esse cenário estiver mais muito desenhado, a ponto de permitir projeções para a taxa no termo de 2026, as apostas do mercado financeiro (hoje pulverizadas) devem convergir para um ponto.

Mas é unânime hoje que o caminho para a Selic é para reles. A questão que sobra responder é quão fundo a taxa pode reprofundar no próximo ano em meio à corrida eleitoral.

• A taxa de Repositório Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 saiu de 13,66% para 13,65% ao ano. Prêmios em contratos de limitado prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
• No médio prazo, os retornos da taxa para janeiro de 2029 se manteve em 12,82% ao ano.
• Já para janeiro de 2036, a taxa oscilou de 13,39% para 13,43%. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.

Só que aí entra um segundo gatilho para a compra de bolsa: o horizonte dos juros nos Estados Unidos. O Federalista Reserve (Fed, banco médio americano) não dá garantias de golpe na reunião de dezembro, mas assegura que o ciclo de alívios não chegou ao termo.

• O dólar à vista subiu 0,1% e fechou o dia cotado a R$ 5,30. Na semana, caiu 0,72% e, no mês, recuou 1,53%. Neste ano até cá, a moeda americana ficou 14,28% mais barata para o brasílio.

Leste ponto diminui a segurança do mercado financeiro americano com a próxima reunião, mas o longo prazo é mais visível.

O procuração de Jerome Powell uma vez que presidente do Fed se encerra em maio de 2026. Até lá, Donald Trump apontará um novo nome para liderar o comitê de política monetária nos EUA. É uma certeza que o novo executivo terá uma postura mais inclinada aos cortes nos juros, uma vez que deseja o presidente americano, o que deve ditar o tom da novidade gestão no Fed.

E conforme os juros dos EUA caem, maior será o espaço para a queda da Selic. Sob retornos menores na renda fixa, os investidores são atraídos de volta à bolsa na procura de reconstituir seus retornos.