Ibovespa faz história e fecha supra dos 147 milénio pontos pela 1ª vez
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Pela primeira vez na história, o Ibovespa fechou supra dos 147 milénio pontos, marcando o 17º recorde de 2025 e reforçando a crédito dos investidores em um rali de término de ano. O índice agora mira os 150 milénio pontos, um progresso de pouco mais de 1,5%, que consolidaria a trajetória positiva da bolsa brasileira.
- No fechamento, o Ibovespa avançou 0,31%, aos 147.429 pontos, posteriormente ter obtido a máxima de 147.811 pontos durante a sessão. Na semana, acumula subida de 0,86%. No mês, sobe 0,82%. No ano, a valorização é de 22,57%.
O desempenho foi impulsionado pela subida das ações da Vale (VALE3) e pelo otimismo com o galanteio de juros nos Estados Unidos, em meio a um cenário de trégua nas relações comerciais.
“Historicamente, cortes de juros nos EUA favorecem os mercados emergentes, o que ajuda a explicar a escalada do índice brasílico”, comenta Marcos Vinícius Oliveira, economista e comentador sênior da ZIIN Investimentos.
O perito reforça que o envolvente global atual “é menos opoente e abre espaço para fluxos positivos em direção à renda variável”.
De contrato com estudo gráfica do Itaú BBA, o Ibovespa mantém uma tendência sólida de subida, com resistência imediata no topo histórico de 147.600 pontos, nível novamente testado na sessão de hoje.
Caso o índice rompa esse ponto de forma consistente, o movimento pode levar a alvos técnicos em 150 milénio pontos e até 165 milénio pontos nas próximas semanas.
Para o banco, o movimento de subida ainda tem combustível de sobra, principalmente se outros índices setoriais da B3, uma vez que o de consumo, financeiro e industrial, voltarem a operar nas máximas do ano, um pouco que no momento ocorre exclusivamente com o IEEX (virilidade elétrica).
Do lado da baixa, o Itaú BBA identifica suporte relevante em 144.300 pontos. Caso o índice perdida esse nível, pode ocorrer uma realização de lucros moderada, com próximos suportes em 142.600 e 141.200 pontos, mas sem comprometer a tendência positiva de médio prazo.
Enquanto o rali não se consolida, o banco recomenda operações de limitado prazo e com foco em ações com histórico de valorização contínua nos últimos 12 meses.
Vale e siderúrgicas embalam ganhos
Entre os destaques da sessão, Vale (VALE3) subiu 1,04%, acompanhando a recuperação do minério de ferro no mercado internacional e a expectativa de resultados positivos no trimestre.
O movimento também favoreceu as siderúrgicas, com CSN (CSNA3) em subida de 2,02%, Usiminas (USIM5) com ganhos de 0,92% e Gerdau (GGBR4) avançando 1,15%.
Já MBRF (MBRF3) manteve o possante desempenho recente, subindo 16,31% e liderando com folga as altas da B3, posteriormente o pregão de que acionistas de BRF e Marfrig deram o aval para a fusão com a subsidiária do fundo soberano da Arábia Saudita.
Das 82 ações da carteira teórica do Ibovespa, 43 subiram e 39 caíram na sessão.
Fed e relações comerciais no foco
Os investidores também reagiram ao início da reunião de política monetária do Federalista Reserve (Fed, o banco mediano americano), que deve anunciar nesta quarta-feira o segundo galanteio de juros do ano, de 0,25 ponto.
O mercado espera que o presidente do Fed, Jerome Powell, adote um tom mais vagaroso na política monetária, sinalizando que o banco mediano pretende reduzir os juros de forma mais gradual para estimular a economia.
“Com a decisão de amanhã e mantendo esse contexto sem grandes surpresas, o movimento positivo do Ibovespa deve continuar até o término do ano”, projeta Oliveira.
A expectativa é de que Powell prepare o terreno para mais uma redução até dezembro, em meio ao esgotamento do mercado de trabalho americano e ao apagão de dados econômicos provocado pela paralisação parcial do governo.
A possibilidade de progresso nas relações comerciais entre EUA e China também ajudou a sustentar o bom humor nos mercados.
O encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, previsto para quinta-feira, reacendeu esperanças de redução de tarifas e flexibilização nas restrições a produtos estratégicos, uma vez que terras raras, soja e o aplicativo TikTok.
Segundo o Wall Street Journal, o governo americano poderia reduzir tarifas sobre importações chinesas caso Pequim limite a exportação de insumos usados na produção de fentanil.
Aliás, o progresso das tratativas comerciais com o Brasil reforçou o envolvente favorável aos ativos locais, em um momento de reaproximação diplomática e mercantil entre os dois países.
“Há uma percepção mais positiva nas relações comerciais entre Brasil e EUA, somada ao esfriamento das tensões com a China, o que cria um envolvente global menos opoente para os mercados emergentes”, analisa Oliveira.
Câmbio acompanha otimismo
No câmbio, à medida que o diferencial de juros entre Brasil e EUA aumenta, o real tende a se valorizar frente ao dólar, já que o Fed deve reduzir os juros enquanto a taxa Selic permanece em 15%.
De modo universal, esse diferencial favorece a ingresso de capital estrangeiro e sustenta o fluxo positivo para ativos domésticos.
“O cenário internacional vem contribuindo para uma melhora no gosto por risco e na percepção de firmeza econômica, o que tende a fortalecer o real diante do dólar”, afirma Oliveira.
Para ele, o envolvente de menor pressão tarifária e os avanços em acordos comerciais entre Brasil e EUA também criam um quadro mais positivo tanto para a Bolsa quanto para o câmbio.
- O dólar à vista caiu 0,19%, a R$ 5,3597. Na semana, a moeda americana acumula recuo de 0,60%. No mês, tem subida de 0,70%. No ano, está 13,27% mais barato em relação ao real.
 
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