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Ibovespa fecha em ligeiro subida depois surpresa com inflação

Ibovespa fecha em ligeiro subida depois surpresa com inflação

Ibovespa fecha em ligeiro subida depois surpresa com inflação

Ibovespa fecha em ligeiro subida depois surpresa com inflação

Apesar da subida firme ao longo do pregão, o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira perdeu fôlego no termo do dia, mas ainda encerrou no campo positivo a sessão desta terça-feira (10), com progressão de 0,54%, aos 136.436 pontos. Os investidores reagem aos dados da inflação solene do Brasil, medida pelo Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Vasto (IPCA).

A dinâmica baixista do índice de preços favorece a procura pelos ativos de risco, sobretudo em um momento no qual o mercado tenta fincar o rumo dos juros.

Na sessão, o Ibovespa contou com a ajuda de Petrobras, que disparou no pregão.

O IPCA subiu 0,26% em maio, o que representa uma desaceleração frente a abril, quando o índice avançou 0,42%. O resultado veio inferior da mediana das 37 projeções coletadas pelo Valor Data, que apontavam uma subida de 0,34%.

No ano até maio, o IPCA acumula subida de 2,75%, enquanto nos últimos 12 meses o progressão foi de 5,32%. A meta a ser perseguida pelo Banco Medial é de uma inflação de 3% ao ano, com limite de 1,5 ponto percentual para cima ou para ordinário. Isso significa que o IPCA se encontra supra do teto da meta, de 4,5% ao ano.

Marcela Kawauti, economista-chefe da Lifetime Gestora de Recursos, comenta que o resultado da inflação de maio reflete a desaceleração de preços em vários segmentos diferentes, mas ainda existem riscos que devem permanecer no radar.

O grupo alimento e bebidas (cuja participação de 21,95% é a maior no índice) recuou de 0,82% para 0,17%, puxado pelos vitualhas in natureza. Ou por outra, houve quedas em artigos de residência (-0,27%) e transportes (-0,37%).

“Levante último foi impactado pelas passagens aéreas, tendo em vista que ainda não vislumbramos os efeitos da queda nos preços de gasolina, anunciada no início de junho”, lembra Kawauti.

Os preços de serviços passaram de 6,03% para 5,80% no período, enquanto os de bens industriais registraram subida de 3,87%, inferior dos 4,11% do mês anterior. Também houve desaceleração na alimento no morada, de 7,87% para 7,19%, mas ainda permanece em patamar bastante ressaltado.

“Tivemos boas notícias com a desaceleração dos preços ao consumidor e sua constituição, no entanto, novas leituras são necessárias até que se possa fincar uma tendência de desinflação em direção à meta”, avalia.

A economista lembra que ainda existem riscos inflacionários importantes, uma vez que expectativas de inflação supra da meta no horizonte relevante, pressão de demanda e incertezas fiscais, que precisam ser monitorados. “Mantemos, portanto, nossa expectativa de manutenção dos juros em patamar ressaltado por bastante tempo”, defende Kawauti.

Enquanto aguarda novidades relacionadas às medidas fiscais apresentadas pelo governo no domingo para recompensar parcialmente o recuo no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o mercado acompanha declarações do presidente do Banco Medial, Gabriel Galípolo.

Com a proximidade de mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o resultado do IPCA de maio provocou mudanças no mercado de opções digitais em relação às apostas para a taxa básica da economia, a Selic. Agora, há quase um empate entre a possibilidade de uma manutenção dos juros (49%) e uma subida de 0,25 ponto (50%). Até ontem, as chances de manutenção da Selic em 14,75% ao ano eram de exclusivamente 36%.

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— Foto: Getty Images

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