Ibovespa patina com indefinição sobre o tarifaço dos EUA. Entenda o vaivém de Trump
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2020/S/K/JB6peAQLKxrRHPpimgZw/escorrega.jpg?ssl=1)
Na falta de visibilidade sobre a agenda externa e sem grandes novidades econômicas ou políticas na cena doméstica, a bolsa brasileira tem seguido ao sabor dos humores lá fora.
E quantas emoções Trump garantiu aos mercados nesta segunda-feira (3).
- Depois de muito sobe e desce durante a sessão, o Ibovespa cedeu 0,13%, nos 125.970 pontos. No ano, acumula 4,73% de ganhos.
As tarifas sobre México, que passaram a valer há dois dias, hoje foram suspensas por um mês. E o Canadá trabalhou junto a Trump durante o dia para virar a medida. Ou, pelo menos, adiá-la.
No Brasil, que segue fora do radar tarifário de Trump, o movimento do câmbio se descolou ainda mais da tendência global de fortalecimento da moeda americana.
- Embora o índice DXY, que mede o peso do dólar contra uma cesta de moedas fortes globalmente, avançou 0,5%, por cá, o dólar mercantil recuou 0,38%, a R$ 5,81. Com isso, a cotação emendou a 11ª sessão seguida de queda, na maior sequência em quase 20 anos. No reunido do ano até hoje, desvalorizou quase 6% contra o real.
O recuo consistente do dólar reduz a pressão do câmbio sobre a inflação. Com o refrigério extrínseco, e apesar da elevação das projeções para o IPCA, investidores enxergam que os apertos nos juros podem ser mais brandos.
- A taxa de Repositório Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 saiu de 14,91% para 14,90% ao ano. Prêmios em contratos de pequeno prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
- No médio prazo, os retornos da taxa para janeiro de 2029 oscilaram de 14,71% para 14,53% ao ano.
- Já para janeiro de 2036, a taxa foi de 14,51% para 14,31%. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.
Enquanto isso, a China corre por fora e deve recorrer à Organização Mundial do Negócio (OMC) para se opor ao aumento “injustificado de tarifas” pelo governo Trump
Entre as duas potências, o clima de guerra mercantil está mais quente. Segundo o enviado da China à Organização das Nações Unidas (ONU), o governo mediano da China pode retaliar contra os EUA.
Quando o clima de aversão global ao risco contaminou os negócios, já era tarde para o Ibovespa contender por mais uma viradela.
- Das 87 ações atualmente na carteira do índice, 40 recuaram nesta sessão.
- O Ibovespa movimentou R$ 14,75 bilhões neste pregão, 10% inferior da já pífia média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,4 bilhões.
A inflação e um Trump titubeante
Para entender as atitudes de Trump neste prelúdios do seu segundo procuração, é importante primeiro diferenciá-lo hoje daquele Trump que chefiou a Morada Branca entre 2017 e 2020.
O presidente republicano, uma vez visto uma vez que piada pelo mercado, voltou ao poder respaldado por magnatas do Vale do Silício.
Não unicamente Elon Musk, mas Mark Zuckerberg, Jeff Bezos e outros tantos entre os mais ricos do mundo apostaram no retorno triunfal de Trump. Também entre os republicanos, hoje o presidente americano possui menos (e enfraquecidos) rivais dentro do próprio partido.
O segundo ponto para entender a sensibilidade de Trump à agenda tarifária é que o líder republicano aprofundou seu entendimento sobre o impacto da inflação nas eleições americanas da última dez.
Democrática, a aceleração do ritmo de subida dos preços pune desde eleitores do interno do Kansas até os engravatados que cruzam as avenidas de Manhattan, em Novidade York.
Foi a disparada do dispêndio de vida durante o seu primeiro procuração que levou Trump à guia para a placa de Joe Biden em 2020. Quatro anos depois, a crise inflacionária nos Estados Unidos empurrou esses mesmos tantos eleitores democratas aos braços da oposição.
- À secção de tudo isso, Trump já provou estar usando a agenda tarifária uma vez que arma para fazer valer sua agenda internacional.
O problema é que esse tiro pode transpor pela culatra. Logo Trump mede as reações do mercado a cada decisão sua – e parece mais ou menos disposto a negociar para que suas sanções tenham efeitos controlados na economia americana.
Isso porque as tarifas sobre produtos dos quais a indústria americana depende podem nutrir justamente o problema que Trump deseja sanar na política econômica doméstica.
Quem pagaria por essas taxas? Se não houver resultado equivalente ou na mesma quantidade no mercado interno, as companhias dos EUA precisarão arcar com os custos da política tarifária. Em última instância, essas despesas mais altas seriam repassadas aos preços finais, pressionando a inflação e apertando o bolso do americano médio.
Em uma tacada, dois públicos que atualmente apoiam Trump teriam sua fé no presidente americano testada.
Parece um sacrifício basta demais em prol de uma agenda internacional. Logo esses passos precisam ser muito controlados e medidos.
De conformidade com o estrategista-chefe do Goldman Sachs, David Kostin, as tarifas de Trump “representam um risco que pode reduzir nossas estimativas de lucros e expectativas de retorno do S&P 500.”
A lógica é que, se as empresas decidirem sorver os custos mais elevados dos insumos, as margens de lucro seriam reduzidas. Em selecção, se repassarem os custos mais elevados aos seus clientes finais, os volumes de vendas podem ser prejudicados.
- Na terceira e última opção, se as empresas americanas pressionarem fornecedores para absorverem secção do dispêndio da tarifa com preços mais baixos, de conformidade com cálculos do banco americano, para cada aumento de 5% na tarifa dos EUA o lucro por ação das empresas do S&P 500 cairia entre 1% e 2%.
“Porquê resultado, se sustentadas, as tarifas anunciadas neste termo de semana reduziriam as previsões para o lucro por ação do S&P 500 em muro de 2% a 3%, sem levar em conta qualquer impacto suplementar do grande aperto das condições financeiras ou um efeito maior do que o esperado da incerteza política sobre comportamento corporativo ou do consumidor”, conclui o relatório do Goldman Sachs.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2020/S/K/JB6peAQLKxrRHPpimgZw/escorrega.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/z/6/wMJk9nQbKVyJUudLWp5A/logo-jornada.png?ssl=1)
Publicar comentário