Ibovespa perde patamar dos 124 milénio pontos pressionado por 'tarifaço' e pesos-pesados
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Depois de encetar o dia em subida, o Ibovespa trocou o sinal e fechou em queda de 1,32%, a 123.931 pontos.
Nos últimos dias, diante da repercussão do ‘tarifaço’ imposto pelos Estados Unidos, o índice acompanhava as bolsas globais, em peculiar de NY e da Europa (ainda que o tamanho do trambolhão não fosse na mesma proporção ao que se viu lá fora). Hoje, no entanto, o Ibovespa não segurou a vaga.
Hoje, os principais índices de ações americanos dispararam mais de 3% no pregão perante perspectivas de que os Estados Unidos realizassem acordos sobre as tarifas recíprocas, que entram em vigor nesta quarta-feira (09). Mas, no início da tarde diminuíram ganhos, com a volta da aversão a risco, até passarem a desabar depois que o governo americano confirmou que os produtos chineses serão taxados com um imposto de importação nos EUA de 104% — 20% de tarifas específicas à China que vigoram desde março, 34% relativas às tarifas recíprocas e os 50% uma vez que resposta à retaliação chinesa.
A decisão veio depois que os chineses responderam que não estão dispostos a atender Donald Trump e sua exigência de que a China removessea tarifa de 34% (que, diga-se de passagem, é a mesma aplicada pelos Estados Unidos aos produtos chineses).
Diante da negativa, a decisão do republicano foi de repor na mesma moeda.
Ou seja, por cá, pesa a relação do Brasil com a China.
A Vale (VALE3), ação de maior peso dentro do índice, despencou 5,48%. O conjunto das mineradoras e siderúrgicas passou a desabar depois da subida da manhã. CSN (CSNA3) recuou 5,70% e Usiminas (USIM5) caiu 4,66%. No mesmo ritmo, as ações da Petrobras fecharam em terreno negativo. Os papéis da companhia perderam 3,20% (ON, com recta a voto em reunião) e 3,56% (PN, com preferência por dividendos).
No caso das mineradoras e siderúrgicas, as empresas operam pressionadas pela desvalorização da moeda chinesa yuan, que foi enfraquecida pelo governo lugar ao ajustar sua taxa de câmbio solene para além de um patamar chave. A medida faz secção da reação do país às tarifas dos Estados Unidos, para ressarcir a competitividade, ao passo que também afeta o poder de compra da China, aumentando as preocupações sobre a demanda por minério de ferro.
Nesse “vuco-vuco”, o Brasil tem tudo para se beneficiar, diz Cleber Rentroia, líder de renda variável da Blue3 Investimentos.
“Principalmente em relação à exportação de commodities para a China, oferecido o bloqueio que os chineses, principalmente em relação a tarifas, devem fazer às exportações americanas. E isso ainda não está se refletindo no mercado. Logo, em qualquer perspectiva de melhora nessa bulha mercantil, considerando que temos o favor de uma taxação menor, acredito que o mercado tende a se restaurar de uma forma mais possante” aponta.
Rentroia ainda avalia que os participantes dos mercados acionários, principalmente dos Estados Unidos, começaram a fazer as contas e realizaram uma estudo mais profunda sobre a decisão, o que explica os sinais de gosto à risco vistos antes dos desdobramentos desta tarde. Prova disso foi o rumor sobre a postergação das medidas por 90 dias, que gerou uma disparada de inopino na sessão de ontem. “Acho que o mercado está muito mais comprador do que vendedor nesse momento”, diz.
Por cá, dados de contas públicas são o destaque do dia. O setor público consolidado teve um déficit primordial de R$ 18,97 bilhões em fevereiro. O déficit nominal somou R$ 97,2 bilhões no mês.
Esses dados são importantes porque ajudam o investidor a entender uma vez que estão as contas públicas, mormente em um período em que a questão fiscal vem sendo amplamente discutida no mercado.
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