Ibovespa tem possante queda e se distancia dos 160 milénio pontos; dólar sobe
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O Ibovespa registra queda nesta terça-feira (16) com o mercado digerindo uma ata do Copom com o mesmo tom duro observado no expedido de uma semana detrás, quando o BC manteve a Selic em 15% ao ano. No exterior, dados de tarefa dos Estados Unidos vieram melhores que o esperado, o que pode substanciar uma visão de manutenção dos juros americanos para janeiro. O Ibovespa recuou ainda mais na reta final do pregão, e agora luta para voltar aos 159 milénio pontos
- O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira em queda de 2,40%, aos 158.557 pontos, menor patamar registrado durante a sessão, se distanciando ainda mais dos 160 milénio pontos da brecha. O dólar subiu 0,73%, a R$ 5,46.
- A carteira teórica do Ibovespa teve queda generalizada. Dos 82 papéis que compõem o índice, 71 tiveram queda.
- As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 2,70% enquanto o papel ordinário (PETR3) recuou 2,59%. As ações do BTG Pactual (BPAC11) lideraram perdas nos ativos do setor financeiro, com desvalorização de 4,84%. Bradesco (BBDC4) recuou 2,70%, enquanto o papel do Itaú Unibanco (ITUB4) cedeu 2,35%.
O cenário atual “prescreve uma política monetária significativamente contracionista por um período bastante prolongado”. Ou seja: os juros devem continuar altos por um tempo. Quem afirmou foi o próprio Banco Mediano, na ata da última reunião do Parecer de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira (16). A reunião foi encerrada na quarta-feira passada e manteve a taxa Selic em 15% ao ano.
“A principal novidade da ata foi a informação de que as projeções de inflação do Comitê já incorporam uma estimativa prévio do impacto da medida de ampliação da isenção do imposto de renda. Essa asseveração exclui o risco de uma eventual elevação na projeção de inflação na próxima reunião pela incorporação dessa medida“, avalia o C6 Bank em relatório.
O mercado sítio está frenético com a novidade pesquisa eleitoral da Quaest com cenários para a disputa presidencial de 2026. Nela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) melhorou suas chances de vitória no pleito, o que é lido uma vez que negativo pela média dos investidores, porque a reeleição do atual governo pode levar a um ajuste fiscal modesto nas contas públicas, o que enseja juros mais altos em seguida a corrida presidencial de 2026 e derruba a bolsa uma vez que consequência.
Na pesquisa, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), fruto do ex-presidente Jair Bolsonaro e indicado pelo pai uma vez que pré-candidato à Presidência da República em 2026, aparece na frente do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas intenções de voto. Investidores acreditam que Tarcísio teria chances melhores contra Lula nas eleições. Assim, um cenário que divide votos da direita também vai contra a alternância de poder preterida pelo mercado.
Em paralelo, o ministro da Quinta, Fernando Haddad, confirmou que deixará o função em fevereiro, antes das eleições de 2026. O PT vem insistindo em uma candidatura de Haddad para o governo de São Paulo ou para uma vaga no Senado pelo Estado, mas o ministro não deu pistas sobre seus planos para as eleições do ano que vem.
Nos Estados Unidos, 64 milénio vagas de tarefa foram criadas em novembro, segundo o relatório do Bureau of Labor Statistics (BLS), tradicionalmente espargido pelo mercado uma vez que “payroll”. A expectativa era de 45 milénio vagas criadas no mês passada.
Na leitura do mercado, se a economia americana está mais aquecida que o esperado, pode desestimular o Fed a trinchar os juros americanos no limitado prazo.
“Os dados dos últimos meses apontam para um mercado de trabalho em moderação, mas a inflação segue pressionada. Depois dos três cortes realizados desde setembro, os juros agora estão dentro do pausa das estimativas, o que deixa o Fed em uma posição mais confortável para esperar, observar os dados e só portanto resolver os próximos passos. Nesse contexto, um novo galanteio de juros em janeiro nos parece pouco provável“, avalia o C6.
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