Ibovespa tem melhor semana em 1 ano e meio e segue em relato regressiva para o recorde

• O Ibovespa ficou praticamente fixo, com um progressão de 0,12% nesta sexta-feira (25) e encerrou a sessão nos 134.739 pontos. Na semana, o proveito foi precisamente de 3,93%. Assim, no mês de abril, a valorização do principal índice do Brasil até cá está em 3,44%. Neste ano, a subida da carteira é de 12%.

“Entre leves altas e baixas durante a sessão, o Ibovespa se equilibrou entre a queda das ações da Vale e o desempenho positivo de bancos. Apesar disso, fechou a semana com subida acumulada de quase 4%, a melhor em um ano e meio”, diz Christian Iarussi, perito em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.

Ao menos a subida tímida serviu para o índice renovar o seu maior nível de fechamento neste ano. E a relato regressiva para o recorde segue, com o Ibovespa tendo reduzido para 1,9% sua intervalo da máxima histórica, de 137.343 pontos, cravada em 28 de agosto de 2024.

• O Ibovespa movimentou R$ 18,8 bilhões hoje, volume supra da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,4 bilhões.

Embora o dia não tenha sido tão negativo no mercado brasílio, Vale emperrou o meio de campo.

• Das 87 ações que fazem segmento do Ibovespa atualmente, 48 se valorizaram neste pregão. Na semana, o saldo é mais otimista: 77 encerram o período com ganhos.

Pode parecer que a queda do lucro da mineradora no primeiro trimestre atrapalhou a performance de hoje da companhia de maior peso do Ibovespa – com uma fatia de quase 12% do índice -, mas um tanto além que jogou contra: o minério de ferro.

Outro dia, foi o petróleo o responsável por pressionar as negociações das petrolíferas. Hoje, a queda commodity metálica arrastou a mineradora e as siderúrgicas para a limo. Tudo muito que os resultados da Vale não colaboraram em zero com um balanço tão decepcionante quanto já era esperado para o período. Mas também não atrapalharam tanto.

Victor Bueno, exegeta da Nord Research, pondera que o refrigério das tensões entre Estados Unidos e China traz refrigério deve ser o ponto de refrigério para um tanto que impactou os resultados da companhia no primórdio do ano: a volatilidade dos preços do minério de ferro.

“A tendência é que a empresa volte a entregar rendimentos satisfatórios aos seus acionistas, com um dividend yield [margem de rentabilidade do ativo com dividendos] projetado de quase 9% para 2025″, escreve Bueno em relatório. Com a provável recuperação, a morada segue recomendando a compra de Vale.

Trégua na trégua entre EUA e China?

A falta de notícias sobre a trégua tarifária de EUA e China suspenderam o ciclo de descompressão dos mercados hoje. O “disse me disse” de Donald Trump e Xi Jinping aumenta o receio entre investidores de a situação emperrar.

Enquanto o governo americano joga para o chinês a responsabilidade para se chegar a um tratado sobre a guerra mercantil, o chinês diz não ter recebido qualquer contato da Lar Branca para seguir nas negociações.

Seja lá o que está por trás da jogada dos governos das maiores potências econômicas do mundo, rumores nos mercados dão conta que ambas as equipes já estudam desapertar as medidas retaliatórias.

• Assim, o dólar mercantil recuou unicamente 0,08% e seguiu cotado a R$ 5,69. Nesta semana, caiu 2% e, no aglomerado do mês de abril, recuou 0,33% contra o real. Neste ano, o saldo é de uma desvalorização de quase 8% da moeda americana.

Ainda lá fora, a história de que o Federalista Reserve (Fed, o banco mediano americano) poderia antecipar o incisão nos juros para junho perde força. O Wall Street Journal fez uma material relativizando as declarações da diretora Beth Hammack, enfatizando que executiva cogitou a ação do banco caso os dados econômicos fossem claros em qualquer momento porvir, não exclusivamente a junho.

A explicação reduziu especulações sobre decisões imediatas do Fed e minimizou o rali nas bolsas, já que segmento do gosto ao risco nos mercados havia sido engatilhado pelo verosímil refrigério nos juros americanos.

O movimento, que provocou um movimento baixista nas negociações dos contratos futuros de juros ontem, teve uma correção de rota hoje. Assim uma vez que nos EUA, o ajuste de cenário fez investidores elevaram as apostas para a Selic hoje – ontem, alguns vencimentos afundaram ainda mais no patamar dos 13%, embora sigam aquém dos 14% ao ano.

• A taxa de Repositório Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 saiu de 14,57% para 14,64% ao ano. Prêmios em contratos de limitado prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
• No médio prazo, os retornos da taxa para janeiro de 2029 oscilaram de 13,56% para 13,64% ao ano.
• Já para janeiro de 2036, a taxa foi de 14,05% para 14,08%. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.

Mas traje é que especialistas já começam a aventar cortes na taxa básica de juros no Brasil ainda leste ano. A tese ainda não é majoritária no mercado financeiro, mas começa a lucrar força à medida que EUA e China se aproximam da trégua enquanto as economias desaceleram.

Nesse fechamento de semana, o esfriamento das pressões inflacionárias, provado pelo IPCA-15 de abril, reforçou a tese de que o Banco Medial pode conseguir pensar em qualquer refrigério na Selic ao término do ano.

No entanto, a leitura divulgada hoje prega cautela, já que as pressões sobre os preços no mercado doméstico não são facilmente ignoradas. Principalmente às vésperas de uma corrida presidencial.

“Devemos ter uma subida de 0,50 ponto percentual na Selic em maio, com chance de ajuste final em junho, o que reforça a pressão. Ainda assim, segmento do mercado já começa a precificar o término do ciclo, mormente diante da desaceleração pontual dos índices de preços”, pondera Iarussi.

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