IDIV: quais as maiores pagadoras de dividendos até agora?

Um dos principais termômetros da remuneração aos acionistas é o dividend yield (DY), que mostra quanto a empresa distribuiu em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) nos últimos 12 meses em relação ao preço atual da ação.

Vale ressaltar que, com a Lei nº 15.270/2025, já sancionada e com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2026, os dividendos hoje isentos passarão a ser tributados em 10% quando superarem R$ 50 milénio por mês. A lei também prevê alíquotas progressivas, de zero a 10%, para rendimentos anuais supra de R$ 600 milénio.

Considerando esse cenário, algumas empresas que poderiam repartir lucros mais primeiro estão antecipando os pagamentos enquanto ainda vigora a regra de isenção.

💵Ranking dentro do IDIV

O Índice Dividendos (IDIV), que espelha o desempenho médio das ações de companhias que se destacam na remuneração dos investidores na forma de proventos, subiu 27,02% no aglomerado de 2025 até o fechamento de 10 de dezembro.

Na liderança, Vulcabras (VULC3), empresa de calçados e artigos esportivos, que é gestora de marcas porquê Olympikus, Under Armour e Mizuno, com retorno dos dividendos (DY) de 22,96%. Na segunda posição vem a Unipar Carbocloro (UNIP6), indústria química, com dividend yield de 21,66%, e em terceiro lugar está a Marcopolo (POMO4), trabalhador de carrocerias de ônibus, com 19,52%. É o que revela o Quadro de Cotações do Valor One, na seção Valuation, que reúne indicadores financeiros atualizados das empresas listadas na Bolsa.

Já na quarta colocação aparece a ação preferencial da Petrobras (PETR4), apresentando DY de 15,46%, seguida pela Itaúsa (ITSA4), holding que é acionista relevante do Itaú Unibanco e investe em empresas porquê Alpargatas, Dexco, Aegea e Despensa Força, entregando 14,99% de rentabilidade dos dividendos.

Também integram o grupo a ação ordinária da Petrobras (PETR3), a produtora de ferroligas Ferbasa (FESA4), a incorporadora Lavvi (LAVV3), a empresa de soluções em segurança e meios de pagamento Valid (VLID3) e a elétrica Cemig (CMIG4), apresentando dividend yield entre 12% e quase 15%.

Portanto, a maior secção das ações do ranking de DY entregou retornos supra do CDI (13,32%).

Apesar dos números atrativos, antes de montar uma carteira com foco em dividendos, especialistas recomendam que é preciso olhar além do dividend yield.

Explorar outros indicadores e fatores porquê projecto estratégico das companhias, governança, geração de caixa, endividamento, eficiência operacional e histórico de resultados é precípuo para saber se a empresa tem fôlego para lucrar e sustentar a distribuição de proventos no longo prazo.

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