IFIX, principal índice dos fundos imobiliários, fecha maio com recorde
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O IFIX, índice de referência dos fundos imobiliários, renovou a sua máxima histórica no pregão desta sexta-feira (30), último dia do mês, ao subir 0,46% e saber os 3.461,93 pontos. Na véspera, o indicador já havia apanhado um recorde.
- Em maio, a subida foi de 1,44%, levando a uma valorização de 11,09% no aglomerado do ano. Em 12 meses, no entanto, os ganhos são mais modestos, de 2,69%.
Fundos de destaque no mês
Entre as maiores altas de maio está o fundo Hectare CE (HCTR11), focado em recebíveis imobiliários (espargido uma vez que fundo de “papel”), que valorizou 16,73% no saldo mensal. Detrás dele ficou o Bluemacaw Logistica (BLMG11), de galpões logísticos, também com ganhos expressivos, de 15,76%.
Maiores ganhos de maio
| Código | Nome do fundo | Desempenho (em %) |
| HCTR11 | Hectare CE | 16,73 |
| BLMG11 | Bluemacaw Logística | 15,76 |
| DEVA11 | Devant Recebiveis Imobiliarios | 11,1 |
| GTWR11 | Fundo Investimento Imobiliario Green Towers | 9,88 |
| BTHF11 | Btg Pactual Real Estate Hedge Fund | 7,16 |
Na ponta negativa, o Urca Prime Renda (URPR11) foi, de longe, o fundo que mais caiu no mês. As perdas foram de 12,88%. Para se ter uma teoria, o segundo fundo com a maior queda em maio, o Tellus Properties (TEPP11), recuou 5,15%.
Maiores quedas de maio
| Código | Nome do fundo | Desempenho (em %) |
| URPR11 | Urca Prime Renda | -12,88 |
| TEPP11 | Tellus Properties | -5,15 |
| RCRB11 | FI Imobiliario Rio Indomável Renda Corporativa | -2,87 |
| HGRE11 | Patria Escritorios | -2,44 |
| RVBI11 | VBI Reits Multiestrategia | -2,3 |
Carolina Borges, encarregado de estudo e técnico em fundos imobiliário da EQI Research, comenta que todos os setores apresentaram desempenho positivo, em próprio os fundos de “papel”, que investem em títulos de renda fixa do mercado imobiliário, uma vez que os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
Esses fundos subiram 2,5%, em média, e ficaram avante dos demais segmentos no mês. Os fundos de lajes corporativas também se destacaram com ganhos de 2% no período.
Na visão de Borges, dois fatores contribuíram para o desempenho positivo da classe em maio: a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no início do mês, que levou a taxa básica de juros da economia, a Selic, para 14,75% ao ano, e a avaliação do mercado de que o ciclo de subida dos juros finalmente chegou ao termo.
“A perspectiva de que os juros não vão mais subir levou a uma queda generalizada nas taxas dos títulos públicos, com papéis oferecendo juros de 7,1%, muito aquém dos 7,8% pagos no início do ano, portanto a gente vê o mercado mais repousado em relação à dinâmica para os juros daqui em diante”, explica.
Ela acrescenta, ainda, que o mercado tem atribuído nos preços das cotas dos fundos uma verosímil queda na taxa Selic para o final deste ano ou início do ano que vem, o que tende a impulsionar uma reação mais firme dos fundos imobiliários antes que esse movimento aconteça na prática.
“O mercado se antecipa um pouco. Exemplo disso é que o desconto visto nos fundos de papel no início do ano já não é tão evidente hoje. Esse descasamento entre o preço da quinhão e o valor patrimonial dos fundos não está mais tão discrepante uma vez que antes”, avalia.
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