Inflação no Brasil, falas de Powell e tarifas de Trump marcam a terça-feira

O Índice de Preços ao Consumidor Grande (IPCA) deve ter desacelerado para 0,16% em janeiro depois aligeirar 0,52% em dezembro. Pelo menos é isso que aponta a mediana das projeções de 34 bancos e consultorias colhidas pelo Valor Data. O pausa das projeções vai de uma subida de 0,05% até um progresso de 0,42%.

Segundo especialistas, a desaceleração deve ser motivada pelo bônus de Itaipu, que barateou as contas de eletricidade em janeiro. Para quem não se lembra, no mês pretérito milhões de brasileiros tiveram uma redução na conta de luz de até R$ 49, fruto da distribuição do saldo positivo da hidrelétrica referente a 2023. O desconto foi talhado a consumidores que tiveram consumo menor que 350 quilowatts hora em ao menos um mês de 2023.

O tema fica no radar mormente devido aos receios do Banco Médio e do próprio mercado em relação à inflação. O Boletim Focus, inclusive, tem mostrado projeções cada vez mais pessimistas para o IPCA neste ano.

Mas a inflação não é tema só cá. Nos Estados Unidos, algumas das políticas adotadas e defendidas por Donald Trump (porquê a taxação de produtos importados e a deportação de imigrantes) tendem a trazer mais pressão inflacionária por lá. Justamente o que o Fed vem tentando moderar. Inclusive, a mando monetária paralisou o ciclo de cortes de juros em sua última decisão, justamente por conta dessas preocupações.

Por isso, hoje o mercado monitora com atenção as falas de Jerome Powell, presidente do Fed, em sua apresentação no Senado americano. As falas ganham ainda mais prestígio depois o presidente ter anunciado ontem (10) tarifas de 25% sobre o aço importado.