Investimentos dos brasileiros aumentam 13% em 2024 e CDBs são os favoritos
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/T/a/BVqja6RiGeTrYyq6OVdw/gettyimages-1433426882.jpg?ssl=1)
Os investimentos dos brasileiros aumentaram 13% e alcançaram R$ 7,3 trilhões em 2024, aponta a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Com os juros altos, os certificados de depósitos bancários (CDBs) continuaram sendo os favoritos, mas os investimentos isentos de Imposto de Renda se destacaram também.
As contas dos investidores de varejo, ou seja, dos menos endinheirados, atingiram 178,2 milhões. As contas não necessariamente representam o número de CPFs, porque os clientes podem ter aplicações em diferentes instituições.
Todos os tipos de investidores aumentaram os investimentos, mas o que mais puxou o setor foi o varejo chamado de subida renda, que representa as pessoas que ficam no meio do caminho entre as mais e as menos ricas. O progresso foi de 15,4%, chegando a R$ 2,6 trilhões. Os investidores com menos de R$ 5 milhões são responsáveis por quase 70% do volume investido no Brasil.
Analisando as classes de investimentos, a subida foi puxada pela previdência, que cresceu 18,3% e alcançou R$ 1,2 trilhão. Todavia, a maior secção dos investimentos dos brasileiros continua na renda fixa, que aumentou 18% e atingiu R$ 4,3 trilhões. Com os juros e a inflação em subida, R$ 6 de cada R$ 10 aplicados pelos brasileiros estão investidos em CDBs, papéis isentos de Imposto de Renda, fundos de renda fixa e fundos de previdência, que investem a maior secção (86%) em renda fixa.
Nesse cenário, a renda variável ficou praticamente firme e avançou exclusivamente 1,3%, para R$ 992 bilhões. Já os produtos híbridos, porquê os fundos multimercados, recuaram 5,8%, para R$ 744 bilhões.
Os investimentos já são maiores nos títulos negociados no mercado financeiro (R$ 3,3 trilhões, quase metade dos investimentos dos brasileiros), fundos de investimentos (R$ 1,7 trilhão) e previdência (R$ 1,2 trilhão) do que na poupança (R$ 972 bilhões), apesar da caderneta continuar importante.
Todos os produtos registraram evolução, mas os que puxaram o prolongamento das aplicações foram os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), isentos de Imposto de Renda. Eles cresceram 36,4% e alcançaram R$ 85,5 bilhões. As debêntures tradicionais também se destacaram, crescendo 35,4% e alcançando R$ 47,6 bilhões.
Mas, de longe, os CDBs foram os favoritos dos investidores e somaram R$ 1 trilhão. Os produtos isentos de imposto chamaram a atenção com, juntos, R$ 1,2 trilhão, apesar das mudanças nas regras que restringiram as suas emissões.
“Esperamos que o cenário em 2025 seja muito parecido com o de 2024. Com a Selic e a inflação em subida e a incerteza no mundo, é procedente que o investidor busque novamente a segurança, a rentabilidade e a liquidez que encontra na renda fixa”, afirmou Luciane Effting, vice-presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, em coletiva de prensa nesta quinta-feira (13).
“Os produtos isentos de imposto devem continuar crescendo em 2025, mas isso não quer expor que não existe espaço para a diversificação. O duelo será mostrar as oportunidades que os investidores têm de variar as aplicações”, disse.
Todavia, existe uma preocupação com o risco do crédito nos papéis de renda fixa em meio aos elevados juros para as empresas emissoras, na estudo da executiva. “ Os gestores precisam ter sofisticação para estimar esses riscos de crédito e prometer a qualidade dos papéis que estão nos fundos. Sem incerteza, o investidor precisa estar muito discreto a esse ponto da qualidade dos papéis de crédito que compõem os fundos”, afirmou.
Extrato novo de remuneração
Em janeiro, os investidores começaram a acessar um extrato novo de remuneração de corretoras, bancos e assessores de investimentos. Esse documento informa o quanto foi pago pelos serviços prestados. Essa foi a maior mudança trazida pela solução 179 da Percentagem de Valores Mobiliários (CVM), que procura dar mais transparência na relação do mercado com os investidores.
A expectativa da CVM e da Anbima é que o entrada a esses dados melhore a capacidade dos investidores de tomarem as suas decisões. A teoria é que os investidores identifiquem eventuais conflitos de interesses e tenham mais poder de negociação em meio à competição cada vez mais acirrada entre os bancos, as corretoras e os escritórios de assessores credenciados às plataformas.
Sobre esse extrato, Effting disse que a Anbima ainda não tem um retorno de qual foi o impacto desse envio para os investidores. “É uma curva de estágio. O investidor vai ter que se apropriar dessa informação para tomar a melhor decisão de onde alocar o seu moeda. O propósito é que o investidor compare quanto está pagando para distribuidores diferentes e veja se existe um conflito de interesses na venda de um resultado”, afirmou.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/T/a/BVqja6RiGeTrYyq6OVdw/gettyimages-1433426882.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2023/o/E/KT3ReVRIuHwsTu2YY4Ig/gettyimages-866536292.jpg?ssl=1)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2023/9/T/MTmMEhRFeBZs0PqdZcpg/gettyimages-498550719.jpg?ssl=1)
Publicar comentário