×

IPCA-15, a 'prévia da inflação', desacelera ainda mais em junho. E porquê fica a Selic?

IPCA-15, a 'prévia da inflação', desacelera ainda mais em junho. E porquê fica a Selic?

IPCA-15, a 'prévia da inflação', desacelera ainda mais em junho. E porquê fica a Selic?

IPCA-15, a 'prévia da inflação', desacelera ainda mais em junho. E porquê fica a Selic?

O índice ficou aquém da mediana das 25 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava para uma subida de 0,29% na conferência mensal. O pausa das projeções ia de uma subida de 0,22% a um progresso de 0,34%.

Nos últimos doze meses, o IPCA-15 acumula subida de 5,27%. No entanto, o limite considerado tolerável pelo Banco Mediano para a inflação neste ano é de 4,5%. A meta perseguida pela mando monetária é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para ordinário.

Diferença do IPCA-15 para o IPCA

Apesar de ser sabido porquê “prévia da inflação” por supostamente antecipar o IPCA, o IPCA-15 mede zero mais, zero menos do que a própria inflação mesmo, só que em outro período.

A diferença prática em relação ao IPCA é que a “prévia” mede a inflação dos dias 15 de um mês e outro, enquanto a inflação “solene” mede a variação do mês início ao termo daquele mês fechado.

Com esse resultado, o que acontece com a Selic?

O IPCA-15 ou até mesmo do próprio IPCA em subida significa que, de um modo universal, os preços estão mais altos. Esse é o primeiro efeito no bolso do consumidor. Mas um outro desdobramento é visto nos investimentos, mormente na Selic. Isso porque a taxa básica de juros é um dos de instrumentos que o Banco Mediano tem para controlar a subida de preços.

Nos momentos em que a inflação está subida, o BC aumenta os juros para “encarecer” o verba. Assim, os financiamentos e empréstimos (tanto de consumidores quanto os das empresas) ficam mais caros e há uma queda no consumo. Portanto, os preços tendem a voltar a desabar e a inflação entra nos eixos novamente. O contrário também é verdadeiro: se a subida dos preços está sob controle, a mando monetária pode trinchar os juros (ou seja, “baratear o verba”) para incentivar que as pessoas e empresas gastem sem que isso compromta o bolso delas, já que a subida dos preços está em ordem. E isso serve porquê um incentivo para a economia crescer.

Atualmente, o Banco Mediano elevou a Selic para 15% ao ano, mas já deixou simples, na ata da última reunião, que agora deve ser um momento de pausa para observar os efeitos de juros tão elevados. Assim, indicadores porquê o IPCA-15 e o IPCA serão um termômetro dos efeitos do aperto monetário e, portanto, servirão de base para os próximos passos do BC.

O que subiu e o que caiu?

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram subida em junho.

No grupo Habitação, que teve subida de 1,08%, destaca-se a vigor elétrica residencial, que subiu 3,29% e foi o principal impacto individual no índice. A taxa de chuva e esgoto subiu 0,94% e o gás encanado avançou 0,13%.

No grupo Vestuário, a subida foi de 0,51%. Destacam-se as altas nas roupas femininas (que subiu 0,66%) e nos calçados e acessórios (que avançou 0,49%).

O grupo Saúde e cuidados pessoais teve subida de 0,29% e foi influenciado pelo projecto de saúde, que avançou 0,57%.

O grupo Transportes teve ligeiro subida de 0,06%. Os combustíveis, no entanto, recuaram 0,69% em junho, com quedas nos preços do óleo diesel (-1,74%), do etanol (-1,66%), da gasolina (-0,52%) e do gás veicular (-0,33%).

No grupo Sustento e bebidas houve ligeiro recuo de 0,02%. A alimento no residência recuou 0,24% em junho, perante o aumento de 0,30% em maio. Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-7,24%), do ovo de penosa (-6,95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (-2,47%). No lado das altas, destacaram-se a cebola (9,54%) e o moca moído (2,86%).

A alimento fora do residência avançou 0,55%, mas desacelerou em relação ao mês de maio, quando subiu 0,63%.

gettyimages-1337531542 IPCA-15, a 'prévia da inflação', desacelera ainda mais em junho. E porquê fica a Selic?
inflação renda — Foto: Getty Images

source

Publicar comentário